STARFIRE CONNECTIVE SOUND – WHERE GO THE BOATS (SINGLE)

Quando Al Schenkel plugou sua guitarra lá em Criciúma, pouco mais de um ano atrás, podia parecer tudo uma brincadeira. Bom, talvez fosse mesmo e ainda seja, mas sua música hipnótica ultrapassou fronteiras, chegou ao Japão, à Rússia e a outros mercados, muito por conta de ser universal, sem voz, sem letra, só instrumental. A “brincadeira” foi bem sucedida.

Mesmo assim, com essa facilidade pra compreensão gringa, pra Schenkel, a experiência de vocalizar suas canções precisava ser feita: “a música em geral deixou de ser e transmitir sensações unicamente abstratas, passando de uma trilha sonora apenas, pra uma canção completa, com algo a passar também através de palavras e voz. (…) Agora o ouvinte pode ser teletransportado também pela ideia geral da poesia anexada às canções”.

Mas porque o Starfire Connective Sound, então, nunca teve vocais? “Por ter aversão a microfones e achar minha voz terrível – e porque tem um bando de gente que canta melhor”, diz Al Schenkel, numa boa.

Por isso, no novo single, “Where Go The Boats”, com “A (Long) Road From Earth To Sky” no “lado b”, esse trabalho é feito pelos amigos da This Lonely Crowd, de Curitiba.

Amigos que “sussurram” dois poemas: “a ‘Where Go The Boats” é do R. L. Stevenson, da ‘Ilha do Tesouro’, do ‘Médico e o Monstro’. Poesia é um lado mais obscuro dele. E ‘A (long) Road From Earth To Sky’ é do poema ‘Rainbows’, da Christina Rossetti, uma poetisa inglesa, acho que do século XIX, que tem um monte de coisas pra crianças também. A idéia desses dois veio mais por servirem como uma bela ponte entre o som do Starfire e do TLC. Por isso recorremos tanto a essa coisa de ‘navegar'”, revela a This Lonely Crowd (cujo vocalista de ambas as músicas se mantém em mistério: quem da banda teria assumido esses vocais?).

Essa não foi, porém, a única colaboração que o Starfire Connective Sound teve na nova empreitada. O pessoal do Sobre A Máquina, nas figuras de Cadu Tenório e Emygdio Costa, masterizaram ambas as músicas, num trabalho que deu muito mais qualidade ao produto final.

A arte da capa ficou por conta da talentosíssima Anny Garcia, de Alagoas, que já fez trabalhos pro My Midi Valentine e pra Flowed.

E essa experiência pode render algo mais no futuro: “tô pensando na ideia de um full lenght reunindo material dos dois EPs e algumas composições novas, provavelmente pro segundo semestre”, diz Schenkel.

O resultado, enfim, é esse (você pode baixar de graça, clicando aqui):

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