Quando uma banda fica quatro anos sem vir ao Brasil, ninguém arranca os cabelos, embora suspiros possam surgir. De fato, uma banda voltar a fazer shows no Brasil já é um acontecimento por si só, uma raridade. Estamos acostumados, certo, conterrâneo?
Mas nos Esteites é motivo pra manchetes! O Strokes não toca na terra do Obama desde 2006 e ontem, em Chicago, no encerramento da primeira noite do tradicional Lollapalooza, a banda voltou aos palcos estadunidenses pra ganhar páginas de jornais e espaços nos sites especializados. É matéria.
E motivo pra festejar, claro. Afinal, é o Strokes, ora bolas!
A banda está produzindo, criando, fazendo o disco novo, que deve ganhar vida em 2011. Julian Casablancas andou bastante ocupado com sua carreira solo. O Strokes não ficou exatamente parado. Mas não fazer shows dá uma sensação de vazio, pra quem tá acostumado a abrir a página de “artes & espetáculos” e ver uma data ao menos, que seja.
O Lollapalooza é um dos maiores festivais do mundo e tocar nele é motivo de orgulho e justifica qualquer reunião (embora não seja uma reunião de fato), nem que seja por dinheiro. Não é o caso do Strokes. A banda nunca terminou, não parou, nem nada.
Tanto que o show de ontem foi como se nada tivesse acontecido, como se quatro anos fossem uma semana. A apresentação e a comoção são a mesma, segundo a Spin. O Strokes diverte da mesma forma, tem talvez ainda mais fãs, está maior e mostra que ao menos ao vivo pode fazer frente a Lady Gaga.
Senão, eis “Last Nite”:
Aqui, numa qualidade bem pior de imagem, “Hard To Explain”:
E “I Can’t Win”
Olha o setlist:
01. New York City Cops
02. The Modern Age
03. Hard to Explain
04. What Ever Happened?
05. You Only Live Once
06. Soma
07. Is This It
08. Vision of Division
09. I Can’t Win
10. Reptila
11. Last Nite
12. Juicebox
13. Someday
14. Under Control
15. Heart in A Cage
16. Take It Or Leave It
Quanto tempo demorará até que o Strokes volte a tocar no Brasil? Dez anos? Quinze? Nunca?