SUPERCHUNK EM SOROCABA – COMO FOI

Uma banda da envergadura do Superchunk quando vem ao Brasil não pode passar em branco. Algumas centenas de pessoas se ligaram nessa exigência moral-cultural pra quem gosta de música boa, e se embrenharam cem quilômetros interior de São Paulo adentro e foram pra Sorocaba (ou, pros íntimos, “Soroattle”). Aliás, nada mais justo Sorocaba ganhar um show do Superchunk.

Era o segundo show da banda nessa Virada Cultural do Estado de São Paulo. O primeiro havia sido em Mogi das Cruzes, no dia anterior.

Por antecipação, já dava pra saber que o nível de arrependimento seria zero (veja bem, não “próximo ao zero”, mas “zero” de fato, um zero absoluto). É um impossível uma banda com um repertório desse, com um disco novo muito bom e com tantos serviços prestados pudesse pisar na bola. Não pisou.

E surpreendeu. A chuva que chegou ao Parque das Águas do Abaeté Maria Barbosa Silva bem poderia ter atrapalhado – e até deve ter atrapalhado os desavisados, diminuindo o público esperado – mas valeu. Foi pra lavar a alma. A própria banda agradeceu no Twitter: “Soricaba! you beat the rain with us, thanks for coming out — fans always incredible here. Off to VEJA session… then home!”; “(…) was special for us too, thanks!”; entre outras manifestações de uma banda que se divertiu tanto quanto a plateia. A baixista Laura Ballance até fez questão de sacar sua digital e tira umas fotos da audiência.


Foto: Danielle Nakamura

O show começou com “Learning To Surf”, do mais recente disco, “Majesty Shredding”, que ainda teve “My Gap Feels Weird”, “Crossed Wires” e “Digging For Something”. De resto, clássicos como “For Tension”, “Nu Bruises”, “Throwing Things” e a preciosa “Slack Motherfucker”, fazendo um apanhado de toda a sua discografia.

É o que se pode chamar de apresentação bem distribuída e balanceada, pra todos os gostos e níveis de conhecimento da banda (que foi filmada na íntegra e em breve deve surgir aí, pelas Internets da vida).

Numa semana histórica, que ainda teve Teenage Fanclub (no Rio de Janeiro foi assim; e em São Paulo foi assim), não haveria chuva ou distância que faria os apaixonados desistirem. Uma boa parte do público esteve também no show do dia anterior, em Mogi das Cruzes. Hoje, o cansaço é recompensador. Aquela dor nas pernas, a possível gripe, dor de garganta, a estafa… São marcas de uma maratona memorável.

01. Learned To Surf
02. My Gap Feels Weird
03. Detroit Has A Skyline
04. Crossed Wires
05. For Tension
06. Nu Bruises
07. Kicked In
08. Iron On
09. Digging For Something
10. On The Mouth
11. Driveway To Driveway
12. The First Part
13. Precision Auto
14. Throwing Things

BIS
15. Brand New Love (Sebadoh cover)
16. Slack Motherfucker
17. Hyper Enough

Veja essa covardia: o cover do Sebadoh, “Brand New Love”, e a estupenda – e pra mim a melhor do Superchunk – “Slack Motherfucker”.

Veja “Hyper Enough”, pra encerrar o assunto:

Vídeos por danihasse.

Para ver fotos profissa da apresentação, tiradas por Alessandra Luvisotto, clique aqui.

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