O próprio Michael Gira fala sobre o disco: “em 2009, quando resolvi reavivar meu grupo, Swans, não tinha ideia onde ia chegar. Sabia que se eu tomasse o campo minado do passado ou revisitasse o catálogo, seria infrutífero ou estúpido. Depois pensar bastante em como começar essa aventura que me levaria por lugares inesperados, escolhi cinco pessoas pra trabalhar que acreditei estariam aptas a surpreender, ao mesmo tempo que dariam força e confiança pra navegar pelo rio das intenções que segue do coração dos sons pra onde quer que nos levasse – e qual é a intenção? AMOR!”
E segue: “e finalmente esse AMOR agora nos levou, com o lançamento do novo e último disco dessa configuração do Swans, ‘The Glowing Man’, através de quatro álbuns (três deles contém mais complexidade, nuance e alcance que eu jamais podia imaginar ser possível), vários discos ao vivo, vários projetos de levantamento de fundos, turnês e ensaios incontáveis e sem fim, e um regime desgastante que nos deixou atordoados, mas ainda assim revigorados e emocionados ao ver o resultado final. Venho aqui agradecer aos meus irmãos e colaboradores pelo seu comprometimento com qualquer verdade que tenha no nosso som (…)” Seja qual for a força é que nos guiou nessa caminhada, foi válida pra nós, e eu sou grato pelo que tem sido o período mais consistentemente desafiador e gratificante da minha vida musical”.
Gira dá o futuro do Swans, na sequência: “daqui para frente, vou continuar a fazer música sob nome Swans, com num elenco rotativo de de colaboradores. Eu tenho uma ideia do tipo de som que vai sair, o que é uma coisa boa”.
Em outras palavras, com “The Glowing Man”, o décimo quarto disco do Swans – e o quarto dessa volta citada por Gira -, o Swans encerra mais um ciclo. No disco, tocam Christoph Hahn (guitarras e vocais), Thor Harris (percussão), Christopher Pravdica (baixo), Phil Puleo (bateria), Norman Westberg (guitarra) e Bill Rieflin (vários instrumentos). Não tocarão mais com a banda. Agora, o Swans é Gira e mais outras pessoas.
“The Glowing Man” sai em 17 de junho de 2016, via Young God Records (distribuído pela Mute), em vinil triplo. São oito faixas e quase duas horas de música (118 minutos). O disco sucede a “To Be Kind” de 2014 (veja aqui).
Sobre as faixas, Gira também falou (no release oficial): “escrevi ‘When Will I Return?’ especificamente pra Jennifer Gira (sua esposa) cantar. É uma homenagem à sua força, coragem e resiliência por conta da terrível experiência que enfrentou e que diariamente tenta superar”. Sobre “The World Looks Red / The World Looks Black”, diz: “a música utiliza versos que escrevi em 1982, po aí, e que o Sonic Youth usou em ‘The World Looks Red’. A música e a melodia da atual versão são completamente diferentes”. Pra ler mais, vá aqui.
Ouça na íntegra:
1. Cloud Of Forgetting
2. Cloud Of Unknowing
3. The World Looks Red / The World Looks Black
4. People Like Us
5. Frankie M.
6. When Will I Return?
7. The Glowing Man
8. Finally, Peace.