TEENAGE FANCLUB NO CIRCO VOADOR – COMO FOI

Uma honra. Meu irmão foi ao show do Teenage Fanclub, no Circo Voador, nessa quinta-feira, 12 de maio, e escreveu uma resenha aqui. Pra variar, obviamente boa, ao contrário da minha sobre a apresentação em São Paulo.

Se eu falar mais estraga. Leia – e relembre.

ARRASTÃO DE HITS
Por Marco Antônio Lopes

No Rio, plateia e Teenage Fanclub seguem críticas dos shows de SP e fazem apresentação parecida – mas, sei lá, parece que foi até melhor.

No mundo do povo que vê shows indies, como se sabe, o pessoal é informadíssimo. Lê tudo na internet, vê o que presta o que não presta no Twitter, cata as críticas de shows de turnês de bandas que vão passar pela sua cidade, analiza, reflete, guarda. No Circo Voador, ontem, no Rio, só poderia ter rolado um negócio parecido. No bar, na plateia, no mezanino e até no palco, o roteiro era meio que sabido por todo mundo. Até pela banda. Ah, tá. Os caras não leeem português. Mas alguém informou pra eles: “Falaram nas críticas que vocês não tocaram ‘What You Do To me’. Dá pra mudar só isso no set list?”. Deu. Eles tocaram. Foi antes do bis e daquela sequência de tremer o lugar, com “Sparky’s Dream” e “The Concept”.

Muitas das críticas do show em SP tinham mais o menos o mesmo tom “comoção e felicidade”. O Rio contou com plateia lotada (mas dava pra circular pelos lados): a moçada tava animadona (segundo o sotaque local). Muito pula-pula, gritinhos, mãos pra cima, suspiros, all stars balançando no mezanino, rodinhas de pogo, tentativas de mosh – e até uns dois figuras que subiram no palco pra dar um beijo no rosto do guitarrista e vocalista Norman Blake.

O show, como em SP, abriu com um “Start Again” e ficou mais saltitante quando rolou “Don’t Look Back” – que coincidiu com uma chuva. Na hora de “About you” e “Star Sign”, as camisas xadrez pularam sozinhas. Roteiro igual ao de SP. Teve gente que cantava bola: “Agora vai ter ‘I Need Direction'”. E teve mesmo, pra alegria da moçada.

Na volta do bis, houve um momento insólito: uma música lentinha (“He’d Be A Diamond”) foi interrompida por um grito engraçado, não muito pesaroso: “Lacraia, lacraia!”, seguido por uma risada geral de show de stand up. A banda achou que seria melhor passar pra próxima música, mais rápida.

“Everything Flows”, que encerrou, foi a melhor de todos os tempos desde a tomada da Bastilha. Bem demorada, tocada com categoria, sem frescura, deixando o pessoal gritando “Teenage, Teenage”, antes de acabar. Pra não contrariar o roteiro, não rolou a volta. Mas a comoção e o estrago tavam lá, igualzinho no Twitter e no UOL, mas melhor.

Setlist:
01. Start Again
02. Sometimes I Don’t Need To Believe In Anything
03. The Past
04. It’s All In My Mind
05. Don’t Look Back
06. Baby Lee
07. About You
08. Star Sign
09. I Don’t Want Control Of You
10. I Need Direction
11. What You Do To Me
12. Alcoholiday
13. Your Love Is The Place Where I Come From
14. Ain’t That Enough
15. When I Still Have Thee
16. Sparky’s Dream
17. The Concept

BIS
18. Today Never Ends
19. He’d Be A Diamond (The Bevis Frond cover)
20. Radio
21. Everything Flows

Veja “Alcoholiday”:

E “What You Do To Me”

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