Busy Gangnes e Melissa Livaudsais são o TELEPATHE, cujo nome tem a felicidade de traduzir a música da banda como nenhuma outra.
Sim, é estranho o som. Cabeçona pra cabeções e cabeçonas. Mas é legal, algo como um High Places ou CocoRosie, com ecos altíssimos de Cocteau Twins. Não é uma música “fácil” e não espere muito mais do que isso do Telephate, só que pode ficar satisfeito: já tá bom demais.
A estranheza eletrônica da banda começou em 2004, em Nova Iorque, como um quarteto, com Shahin Motia e Allie Alvarado. Lançaram o primeiro EP, chamado “Farewell Forest”. Logo, uma mudança: a banda volta a ser um duo e, então, um trio, com a entrada de Ryan Lucero.
Como um trio, gravaram o primeiro disco, “Dance Mother”, lançado em janeiro de 2009. A maluquice aumentou, principalmente porque foi produzido pelo doidão Dave Sitek, do TV On The Radio. O disco elevou o conceito da banda, que conseguiu preencher a agenda de shows. Inclusive no Brasil. Sim, o Telepathe toca hoje no Brasil, em São Paulo, no SESC Pompéia.
É o Festival Pontes do Brooklyn, que apresenta três bandas do lugar. Ontem, foi a vez de Chairlift e amanhã, a de Bear Hands. Custa R$ 28 a entrada inteira e começa às 21 horas. Vale a pena conhecer essas bandas engatinhando na carreira de dar um nó na música, com barulho e um art-rock (anti-rock) que faria sorrir o pessoal do Sonic Youth.
Antes de se encaminhar pra lá, entretanto, dá uma olhada no serviço que o Floga-se arrumou aí pra você conhecer o Telepathe.
“Dance Mother” é assim:
1. So Fine
2. Chrome’s On It
3. Devil’s Trident
4. In Your Line
5. Lights Go Down
6. Can’t Stand It
7. Michael
8. Trilogy
9. Drugged
Baixe aí e comece ouvindo “Chrome’s On It”, uma zoeira-colagem-sonora-eletrônica, cujo clipe é esse (ao vivo deve ficar ensurdecedor):
Que tal algo diferente, mais calmo, mais Cocteau Twins, com “I Can’t Stand It”?
“So Fine” tem um clipão também, com qualidade de cinema e tudo o mais. Olha aí:
E ainda tem “Devil’s Trident”, que é isso aí:
Olha como é ao vivo, no SXSW 2009:
Um bocado decente, vá…