“Shimaru” é o segundo disco dos escoceses do The Cherry Wave. Com lançamento em 27 de janeiro de 2017, de maneira independente, sucede a “Avalancher”, o trabalho de estreia, que saiu em 2014 (ouça aqui).
O quarteto – formado por Adam (bateria), Bobby (baixo), Paul (guitarra e vocal) e Ryan (guitarra) – gravou a obra no Glassworks Studio Recording, em Glasgow, com produção e mixagem de Lewis Glass e master de Bob Cooper.
A Cherry Wave, pra quem não conhece, é uma banda que deixa o shoegaze levemente mais ácido e pesado, como se pode atestar bem em “Shimaru”. Apesar das boas intenções, o disco incorre nos clichês característicos do estilo – e da trama musical como um todo, com a adição de “baladas” pra adoçar um pouco o sabor, sendo “Placid Blue” um exemplo a se destacar.
É um disco mais pra iniciados e pra adoradores do estilo. “Shimaru” deve ser ouvido alto (“Hitch A Glide” e “Softwater” em especial, por conta das toneladas de barulho e por conta dos bons rifes). Mas “Michinoku Overdriver” vai além, vestindo a jaqueta de couro, num rockão digno. “Young Young” é um tanto punk. Não fosse tais diversificações e a Cherry Wave se aproximaria e confundiria demais com o som do Ringo Deathstarr, por exemplo.
Eis aqui uma obra que é um bom remédio pra dias de fúria.
01. Dream Forever
02. Hitch A Glide
03. Inhale/Exhale
04. Crashing
05. Placid Blue
06. Softwater
07. Michinoku Overdriver
08. Young Young
09. Get Wide
10. Pure Burst