THE FAUNS

O sexteto inglês de Bristol, THE FAUNS, é uma grata surpresa. A banda, formada em 2007, com Alison Garner (vocal), Michael Savage (composições e baixo), Tom (bateria), Elliot (guitarras), Lee (guitarra) e Kev (teclados, barulhos e guitarra), lançou um belíssimo álbum de estreia em 2009, chamado simplesmente “The Fauns” (via Laser Ghost Recordings), e de cara chamou atenção pela muralha de guitarras, vocais adocicados e letras viajantes, tudo o que um shoegazer gosta de ler na bula.

Não, não há originalidade aqui, mas essa não é a questão. O que é preciso perceber é que na mais honesta das homenagens a bandas similares do final dos anos 1980 e início dos 1990 (como Chapterhouse, Catherine Wheel, Slowdive, sem contar, claro, o My Bloody Valentine, pai, mãe e avós de todos esses), o The Fauns acabou criando a sua própria música. A isso costuma-se dar o nome de influência, certo?

Porém, o caminho que o The Fauns trilhou para seu som próprio merecia ganhar um termo definitivo, algo como “beautiful noise”, em parceria com o Asobi Seksu, sua banda-gêmea.

Talvez o grande mentor disso tudo tenha sido Geoff Barrow, do Portishead, que passeou pelo estúdio, durante os dezoito meses (!) de gravação do disco. Essa proximidade está toda em “The Fauns”, o disco. Depois de tanto trabalho, feita com orçamento curtíssimo, a peça saiu em 3 de outubro de 2010 e apresenta 10 músicas da envergadura de belezas como “Come Around Again”:

E “Road Meets The Sky”:

E a barulheira de “The Sun Is Cruising”:

Bastam essas três canções para que você se pergunte: “por que não ouvi isso antes?”. Entretanto, não se baste! Vá atrás do disco, ouça tudo, aprofunde-se no mundo do Fauns.

Esse “belo barulho” merece todas as atenções.

Olha o serviço do disco:
01. Lovestruck
02. Cool Stuff
03. Understand
04. The Sun Is Cruising
05. Fragile
06. Road Meets The Sky
07. Black Sand
08. Deranged
09. Come Around Again
10. 1991

Veja o vídeo oficial de “1991”, lançado em fevereiro de 2010:

E veja também o vídeo de “Loverstruck”:

O Floga-se faz um agradecimento especial à leitora Danielle Nakamura (no Twitter, @daniellenaka), que deu essa bela dica.

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