Conforme prometido há sei lá quanto tempo, eis o disco de estreia do Humms. “Lemonland”, produzido, bancado e lançado por conta própria, chega em vinil às lojas mais que alternativas nos Esteites e promete ser um retumbante fracasso. Mas não se depender de mim e do Floga-se, oras!
A banda é uma diversão só, principalmente às sextas-feiras à noite, com umas na cabeça e inconsequência na tampa. Porém, até eles sabem que não agradam a todos. A música é rasteira, desafinada, barulhenta, juvenil por vezes, quase um hobby dos integrantes (pra lembrar, o Humms agora é Zeke Sayer na guitarra e vocal, Jessica Miller no baixo e Jacky Ryder na bateria).
As letras das músicas (que você pode ver uma a uma aqui) são um caso a parte, falando de estupro, abusos, vampiros, abandono etc. com humor e ironia. São letras simples que só podiam ser escritas pra músicas como essas (ou do Nirvana, por exemplo).
O rock de garagem, sessentista, sujo e moderno do Humms está todo compilado em “Lemonland”. “Don’t Think About Death”, cujo vídeo você revê abaixo (já havia postado o vídeo aqui), é um bom exemplo de como a música da banda pode ser pop, divertida e simples:
O disco vai mais longe do que isso. Tem porrada, como em “Gun”; tem podreira, como em “Leave That Boy Alone”; tem diversão com a chacoalhante “Buttermilk”; e por aí vai.
O Humms pode não vender um bocado, pode não te convencer, pode até irritar teus ouvidos, mas vou dizer: essa talvez seja a banda mais honesta da atualidade.
Olha o serviço:
01. Blood Sucking Vampire
02. Jesus Lied
03. Uncle Sam Took My Baby Away
04. Buttermilk
05. Don’t Think About Death (veja o vídeo aqui)
06. Close Your Ears
07. Sleepy, Sleepy
08. Fat Bat
09. Stranger In My Car
10. Brown Haired Devil
11. Strawberry Glue
12. Oh My Lawd
13. Talking to a Ghost
14. Leave That Boy Alone
15. Gun
16. Little Freaky Girl Like You
17. Escape from Lemonland
18. When I Wake
Ouça o disco na íntegra aqui:
Nenhum comentário a respeito da provável vinda do GRANDE Yo la Tengo a Itu/SP ?
[…] mesmo assim, o Humms, com seu ótimo disco de estreia, “Lemonland”, se mantém fiel, não empopiza em nada som e trabalha na honestidade com sua consciência. É algo […]
[…] É talvez o que de mais insano temos nos dias de hoje, um rockão cinquentista sujo e bêbado, que cheira mal e que você adora dançar pra posar de bandido (ouça o primeiro disco da banda, “Lemonland”, na íntegra, clicando aqui). […]