Um dos discos mais esperados do ano é esse, pelo menos pra mim. O Sorry Shop me ganhou de prima, quando lançou o espetacular EP “Thank You Come Again”, em 2011. Agora, “Bloody, Fuzzy, Cozy” ganha a luz do dia, pra comprovar a esperança de um disco belíssimo.
“Belíssimo”, essa é a palavra. Porque apesar de ser calcado em distorções e acenar com barulhos e mais barulhos, há melodias assobiáveis e dançantes, como “Go On”; tristes, como “Cinderblocks”; e alegres, como as já conhecidas “About Kings And Queens I” (também no EP) e “Sometimes I’m Down” (que você já viu o clipe).
De acordo com Régis Garcia, o cabeça da coisa toda, “basicamente elas (as músicas) são uma sequência do ‘Thank You Come Again’. Tem música que era pra sair junto e eu achei que não valeria a pena. A última corda tocada e gravada foi em fevereiro desse ano. Então, basicamente, (as gravações duraram) uns 7 ou 8 meses. Até por isso decidi colocar as do EP, ele é uma coisa só, todo com a mesma ideia”.
O disco foi todo gravado na casa de Garcia, em Rio Grande, Rio Grande do Sul. Ele fez tudo, na verdade: tocou todos os instrumentos, produziu, mixou, masterizou e cantou também, oras. Mas nesse quesito, contou com a ajuda de Marcos Alaniz e Mônica Reguffe. As letras também são todas dele, com exceção de “Stranged Again” e de “The Highway”, que são de Marcos Alaniz, e da linda “Dressed To Fool”, uma das melhores do disco, que é de Gisela Ferreira. A capa curiosa é de Thiago Piccoli.
Com disco, O Sorry Shop virou de fato uma banda. Tá ensaiando pra pegar a estrada e enfrentar a audiência. A banda é Rafael Rechia (guitarra), Luiz “Young” Espinelly (guitarra), Eduardo Custodio (bateria), Marcos Alaniz e Mônica Reguffe (vocais e eventuais barulheiras), “ah, e eu no baixo”, lembra Régis.
Mas a banda vai sair mesmo em turnê? “Sim, estamos ensaiando bastante. A banda ficou muito legal e com uma sonoridade bem próxima do que tá gravado. Já tô dando um jeito no show de lançamento. Provavelmente um show curto, mais voltado pro EP antigo, pra testar a banda no palco”.
Régis espera que o disco cause “estranhamento”: “é sempre bom. Eu fiz com muita honestidade, fazendo o que tava curtindo fazer. Fiz com atenção e me diverti muito. Espero que as pessoas consigam sentir um pouco disso, sabe? Tomara que esteja escutável”.
“Bloody, Fuzzy, Cozy” tem quinze músicas, que Régis aponta com parentesco indefinido: “não sei bem dizer o que parece também. Nunca acho muito parecido com My Bloody Valentine, por exemplo. Não tem uma coisa orgânica que eles têm, e que eu queria ter muito. Eu queria que soasse como Pavement misturado com o Builto to Spill. E claro, Yuck. Uma coisa que não consigo é soar como Sonic Youth, queria ter os colhões deles e a sujeira toda, mas nunca sai na hora de gravar. Quem sabe ao vivo rola algo assim”.
Eis o serviço dos disco. Aproveite:
01. Gone Again
02. About Kings And Queens
03. A Distant Song
04. Go On
05. Walk Away (And Don’t Come Back)
06. Dressed To Fool (clique aqui pra ver o vídeo)
07. Cinderblocks
08. Bloody, Fuzzy, Cozy
09. Stranged Again
10. Sometimes I’m Down (clique aqui pra ver o vídeo)
11. Glass Jar
12. The Highway
13. Seaman’s Pledge
14. About Kings And Queens II
15. There’s No Better Way To Say Goodbye (And I’m Sorry)
Ouça o disco na íntegra (pra baixar de graça, é só clicar aqui):
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