Hoje em dia, não há banda mais babada de ovo do que o Vaccines. O que já foi um dia do Strokes e do Arctic Monkeys, agora é do Vaccines: atenção e adoração desmedida para o primeiro álbum (o realmente muito bom “What Did You Expect From The Vaccines?”), preparando terreno para meter o pau num disco futuro, como é de praxe aos criadores e mantenedores de hypes, aqui e fora do Brasil.
Entretanto, aparentemente, a banda tem noção do terreno onde está pisando. Já deu declarações de que espera bordoadas igualmente desmedidas no futuro. Tomara que tenha estômago pra isso.
Porque é fácil se deslumbrar.
E entrevistas baba-ovo como essa do Alternate Side, durante a passagem da banda por Austin, no SXSW 2011, não colaboram muito com o quadro. Nem quando a banda declara não se ligar muito em Husker Dü ou não gostar de Gang Of Four, o repórter a prensa na parede. Merecia.
Até porque a banda fala sobre política e se contradiz. Justin Young (guitarra, vocal), Árni Hjörvar (baixo), Freddie Cowan (guitarra) e Pete Robinson (bateria) admitem que “realmente não é o lugar dos músicos comentar sobre a política porque, para ser honesto, há pessoas muito mais bem informadas do que eles”.
A entrevista pouco acrescenta. E o Vaccines até tenta (pra ler a entrevista completa, clique aqui).
Já a sessão… Sim, porque o que importa é a música, então, ora bolas, que se dane o que dizem do Vaccines e o que vão dizer lá na frente – ou até mesmo o que o Vaccines diz em entrevistas: a música é o que vale, e ela é boa, com hype ou sem hype.
Aqui, a banda apresenta três canções já bastante conhecidas por quem tá de antenas ligadas. A primeira, “If You Wanna”, você vê aqui. Climão retrô total:
Agora, “Post Break-Up Sex”:
“Wreckin’ Bar”:
Se a babação que já foi dos Strokes um dia , agora é do Vaccines , eles que esperem chatice de uma mídia que cria e destrói pseudo-mitos.