TIM FESTIVAL 2006

Acabei indo. Não resisti. Depois que mudaram daquele lixo da Arena Skol para o Tom Brasil, com acústica decente (ou quase), resolvi ir. Vou dar meus pitacos dos shows e depois coloco as fotos (e vídeos) aqui. Vou ser breve porque minha cabeça ainda está sob os efeitos da maratona etílica que foi o domingão. Lê aí:

Mombojó: Não vi. Ainda bem.

TV On The Radio: Impressionante. Achei o segundo disco deles bem chato. Mas ao vivo, é outra coisa. Um petardo sonoro. Barulho classudo. O vocalista Tunde Adebimpe parecia possuído por algum santo e o conjunto é todo vibrante. Parece jazz feito por quem quer fazer mesmo é barulho. Saxofone sem parecer estranho, para aumentar e compor ainda mais a barulheira. Foi surpreendente, mas deve ter causado estranhesa para quem estava ali para ver o Daft Punk. Melhor assim.

Thievery Corporation: Peloamordedeus… O que é isso…? World Music da pior qualidade. Valha-me! Quero meu dinheiro de volta!

Yeah Yeah Yeahs: Que beleza! Exatamente o que eu imaginava. Karen O de maiô colorido e fôlego de maratonista, pulando como sempre, e cantando as porradas de sempre. Bacanaço. Showzaço. Pensando bem, não precisa devolver meu dinheiro. Mas poderiam tirar a merda da world music e juntar os shows. YYY e TV On The Radio têm tudo a ver. David Andrew Sitek produziu o primeiro disco do YYY, “Fever To Tell”, e o EP “Machine”; e Adebimpe dirigiu o clipe do single “Pin”. Poderia rolar uma conjuminância entre as bandas. Mas, não, tinha que ter a world music no meio… O Yeah Yeah Yeahs ganhou a noite quando tocou na seqüência “Art Star” e “Miles Away”, do EP “Master”, duas das melhores músicas deles. Valeu a noite o preço de TODOS os shows.

Daft Punk: Que dureza! Sem querer parecer chato, mas já sendo, o Daft Punk é muito mala. Música para rico em disco party, para tocar em Maresias e para tocar no Vegas. Faz a alegria de todos. Menos a minha, claro, o chato. Para quem viu o Kraftwerk duas vezes, a base de comparação ficou difícil para o Daft Punk, na música, no show, nos cenários. Poderiam ter aprendido com os vovôs alemães que o cenário pode ser simples e, ainda assim, impactante. Mas foda-se o cenário. Cenário de cu é rola. O importante é a música. Bom, essa animou todos os presentes, da menina de preto que nunca viu sol na vida à mais rata de praia, com bronzeado espetacular. Virou rave, virou uh-uh! Para mim, foi só engraçado. E nada mais. UUUUUUHHHHHHH! UUUUUUUUUUUHHHHHH! UHHHH-UUUUUUUUHHHH!

Beastie Boys: Deveria ter ido ao Rio de Janeiro só para isso. Dizem que foi o melhor show do Tim. Mas eu não tinha grana e queria votar para presidente. Fiquei na vontade. É o famoso tão longe, tão perto. Um casal de amigos foi para Curitiba e vai presenciar a maravilha. É para quem pode. Por que diabos eles não vieram para São Paulo? Hein, hein?

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