Duas músicas, dez minutos. O vigésimo oitavo lançamento do Verjault é o EP “Excited Delirium”.
Segundo o próprio Daniel Alves, em descrição oficial, o disco “revisita a sonoridade doom-gaze de seu álbum ‘Violet’ (2017, que você pode ouvir aqui), transitando entre as linguagens do pós-punk e industrial”.
Ele segue: “o título é uma expressão que se refere à condição psicomotora de agitação extrema e violenta, e alucinações geralmente seguidas de morte. Esta function no disco como metáfora pro conceito psicanalítico de pulsão de morte, que é referência para alguns dos temas do Verjault, como por exemplo no álbum ‘Killerself’ (2014, clique aqui pra ouvir)”.
A descrição do artista é eficiente na autocompreensão – ou as duas músicas são eficientes em expor as intenções descritas.
“Excited Delirium” dá uma ideia de “agitação extrema e violenta” e “pulsão de morte”, especialmente na insana faixa de abertura.
“Mapas II”, segundo Alves, tem o texto feito pro Verjault, uma versão do poema “Mapas”, de Gabriela Nobre.
“Eu não sei o que um mapa orienta e nem o que é um mapa / A deriva é sem instruções e cega”, começa o poema.
A desorientação pode ser vista como “experimentação livre”, sem roteiro. Não ouso dizer que é uma bula pra música do Verjault, já que ela é bem mais ampla e sua vasta obra mostra isso, mas é um indício.
O disquinho saiu dia 11 de setembro de 2020 pelas mãos da Sinewave, clique aqui pras infos todas.
1. Rotura/Limiar (Death Never Became You)
2. Mapas II
