Pela primeira vez como um sexteto (Cadu Tenório, Emygdio Costa, Ricardo Gameiro, Alexander Zhemchuzhnikov, Gabriel Feitosa e Lucas Alves), o Sobre a Máquina gravou essa sessão pra melhorar ainda mais o que foi mostrado em disco (no caso, o “Areia”).
Aqui, “Garça”, num qualidade de imagem e som de dar inveja.
Dirigido por Marcia Poppe, com duas câmeras, e fotografado em preto e branco por Eduardo Criva, com assistência de Nicolas Poppe, o vídeo ficou com uma cara noir (muito graças também ao climão dado pelo sax de Zhemchuzhnikov) bem característica daqueles filmões dos anos 1940.
As gravações aconteceram no Estúdio Valda, que, Cadu explica, “fica embaixo de um fábrica enorme da Valda, super isolada do mundo”, no Rio de Janeiro. O estúdio é grande, bem estruturado, mas com seis pessoas tocando, mais equipamentos, duas câmeras e tudo o mais, dá uma sensação claustrofóbica, potencializada pela música, que se pressupõe ser, veja, “livre”, “solta”.
“Garça” (solta e livre) acabou ficando numa versão mais curta, ao vivo. “Ficou menor, sim. A versão ao vivo resolvemos acelerar. Até pra acrescentar algumas nuances da bateria orgânica. Em estudio é bateria eletrônica rígida. Ao vivo, tem umas nuances jazzisticas, de marcação de prato”, diz Cadu.
O resultado final é especial e prazeroso: