O disco chega em agosto de 2016, mas o Carne Doce arrebenta à luz o início com “Artemísia”, vídeo interessante de uma música idem. Nele, vemos Selma Jô, a vocalista, dançando sozinha num túnel de passagem pedestre. É apropriado a forma como ela se envolve com o próprio corpo e movimentos, enquanto canta uma letra “libertária” e atual (sobre o aborto), com tantas mulheres a tentar se fazer compreender que “meu corpo, minhas regras”.
“Não vai nascer / Porque eu não quero / Porque eu não quero e basta eu não querer / Não vai viver / Porque eu vivo / Sou o deus vivo / Sua razão de ser”, ela canta.
Artemísia é a erva-de-são-joão, planta de efeito analgésico e, entre outras funções, reguladora da menstruação. Seu nome vem da deusa grega protetora dos partos, Artemís (a Diana dos romanos, que é a deusa da castidade).
A direção é de Bruno Alves (Muto) e a peça foi gravada em Campinas. A coreografia é de Gabriela Branco. A música foi gravada no Red Bull Studios, em São Paulo.