“Clouds” é o novo single do Echo Upstairs, banda paulista que junta integrantes do Early Morning Sky, Lava Divers e Oruã, grupos de uma safra adepta do noisypop e do shoegaze.
Antes, em julho, a banda lançou “Green Quartz”, também com direito a clipe. Ambos os singles digitais saíram pelo midsummer madness.
Ana Zumpano, voz e guitarra da banda, protagoniza o vídeo de “Clouds”. É ela quem faz a coreografia e se espalha pela tela, entre efeitos de imagem, estouros de lilás, sobreposições e cortes arrojados de câmera.
O vídeo foi filmado na casa onde ela mora, capturado em um único take, conta ao Floga-se Gilbert Spaceh, guitarrista do Echo Upstairs. Surge em camadas, assim como a música.
A produção e a direção são assinadas por Elisa Oieno e pela própria Ana.
Além dela e de Gilbert, a banda é Mauro Terra (baterista, Early Monring Sky, como Gilbert) e Bigu Medina (Oruã e outros trabalhos na Transfusão Noise).
A banda nasceu em 2018 e já de cara saiu com uma versão de “Not The Same” para um tributo ao Dinosaur Jr. organizado pelo TBTCI Records.
“Clouds”, a música, nasceu de um rife criado por Gilbert antes mesmo de a banda existir (antes, ele foi da Early Morning Sky).
“Logo após o lançamento de ‘Green Quartz’, resolvi gravar o rife, já com a estrutura, por celular mesmo e mandei pra banda. A gravação não tinha nada, apenas a guitarra. Resolvemos trabalhar juntos na música, cada um colaborando com uma parte, a Ana Zumpano foi responsável pela letra e melodia e, com isso, deu a mágica final”, explica.
A faixa foi composta e gravada à distância, em meio à primeira onda da pandemia (a segunda é real e já chegou).
Lenta, “Clouds” é cheia de redemoinhos de guitarra, mergulhada em delays e reverb. Entrega as referências estéticas da banda que apontam pro passado, safra Lush, Ride, My Bloody Valentine, Solwdive, sem se esquecer da turma mais nova — Crystal Canyon, Fever Dream, Trementina, Pinkyshinnyultrablast, Revrevrev — que abusa dos efeitos, e do volume e do loud-quiet-loud como ensinaram os heróis do passado.
Elisa Moreira e DW Ribatski, ambos da Bumbo Caixa, do qual Ana também faz parte, gravaram backing vocals pra faixa, produzida por Ana e Dennis Guedes (The Outs), que responde também pela mixagem e masterização.
“Gravar à distância foi algo novo pra nós, mas ao mesmo tempo sentimos a presença de trabalhar como sempre trabalhamos”, lembra Gilbert. A pandemia distanciou a banda, mas ele acredita que, se houve algum impacto do momento terrível que o país vive — a nuvem de negacionismo torna o que já é ruim ainda pior — no trabalho da Echo Upstairs foi o de fazer a banda produzir.
“Tivemos mais tempo em trabalhar o processo criativo. Infelizmente estamos vivendo um processo de adaptação pra todas as coisas das nossas vidas e isso nos afetou muito. Estamos há meses sem ninguém ver ninguém na banda – antes tínhamos contato semanal com os ensaios”, lamenta.
Somada à pandemia, os integrantes hoje moram em cidades diferentes: Bigu Medina (baixo) atualmente mora no Rio de Janeiro; Ana está no interior de São Paulo, e Gibert fará o mesmo caminho em breve.
“Gostamos do processo de lançar singles“, diz Gilbert. A banda, avisa, deve manter o ritmo criativo e preparar material novo, incluindo uma versão de uma banda, ainda não escolhida por eles. “A ideia é, depois de um tempo, juntar esse material e lançar em alguma mídia física, enquanto sonhamos com o final do vírus, consciência da população em relação à vida e shows com aglomeração de pessoas felizes e livres do vírus e de outros atrasos”.
Veja o clipe:
[…] The band’s aesthetic references point to the past, Lush, Ride, My Bloody Valentine, Slowdive, without forgetting the younger crowd – Crystal Canyon, Fever Dream, Trementina, Pinkyshinnyultrablast, Revrevrev – who abuses the effects, and the volume and loud-quiet-loud as the heroes of the past taught. Floga-se […]
[…] Aqui no Brasil, o Floga-se dedicou um grande texto para contar a estória da banda e ainda acrescentou: “Lenta, ‘Clouds’ é cheia de redemoinhos de guitarra, mergulhada em delays e reverb. Entrega as referências estéticas da banda que apontam pro passado, safra Lush, Ride, My Bloody Valentine, Solwdive, sem se esquecer da turma mais nova — Crystal Canyon, Fever Dream, Trementina, Pinkyshinnyultrablast, Revrevrev — que abusa dos efeitos, e do volume e do loud-quiet-loud como ensinaram os heróis do passado”. Floga-se […]