“Uma ideia tosca na cabeça e uma câmera ruim na mão”, avisa a Lupe de Lupe, sobre o vídeo de “Eu Já Venci”, single lançado no começo de agosto de 2014.
É, por outra, um anti-vídeo promocional, como todo vídeo de determinada música se presta a ser, mostrando o vocalista Vitor Brauer editando a canção no computador. A câmera é fixa (há um zoom interessante e dramático no final) e o som é ambiente, de modo que o espectador se depara com intervenções na canção, como se estivesse ali ao lado de Brauer: ora o vocal some, ora só se ouve a bateria, e por aí vai.
Vale reparar nos detalhes do ambiente – o quarto – pôster, livros, cores. Se nada é posado e cuidadosamente cenografado, o espectador e fã da banda se insere naquele mundo.
É um vídeo curioso e experimental, literalmente. Como a própria canção. Afinal, não é preciso fazer o que está estipulado por um mercado que diz-se em mutação e no qual os artistas subterrâneos não estão inseridos.
A Lupe de Lupe, sem parar de inventar, ensina que é possível.
A direção é de Jonathan Tadeu. Veja: