Posso estar equivocado, mas nunca sei quando o Flaming Lips tá tirando uma onda ou tá sendo, de fato, sensível e coisas e tals.
Em “Mother Please Don’t Be Sad”, Wayne Coyne e companhia cantam sobre um filho que não vai ver a mãe hoje porque morreu num assalto. Os socorristas até tentaram de tudo, mas não rolou e, por isso, não vai poder visitar a mãe e pede encarecidamente que ela não fique triste por isso.
De fato, morrer é uma boa desculpa e ainda estamos no meio de uma pandemia, a maior crise humanitária desde sabe-se lá quando.
A história aconteceu com o próprio Coyne, quando ele trabalhava em um restaurante. Obviamente, Coyne não morreu, mas o assalto aconteceu.
“Bem, até então, eu provavelmente poderia dizer que não sabia que estava realmente vivo”, disse ele ao site da Rolling Stone gringa. “Eu realmente nunca pensei sobre isso. Estávamos vivendo uma vida tão insana, saudável, maravilhosa e feliz – meus irmãos e todos os nossos amigos apenas correndo por aí fazendo merda. Daí pensei: ‘É assim que vou morrer'”.
A balada que faz parte do “American Head”, disco que chega em 11 de setembro de 2020 (leia mais aqui), tem lá suas esquisitices calculadas a la Flaming Lips, ecos e estrondos dramáticos.
A direção de George Salisbury coloca a banda na sua ampliada bolha pra executar a canção, como tem sido em quase todo vídeo promocional pro álbum.
Apesar da altura do grupo, permita-se achar engraçado: