O show foi transmitido direto do Madison Square Garden, em Nova Iorque, Esteites, nessa noite do dia 5 de agosto de 2010. Um dia histórico, diga-se de passagem.
O Arcade Fire subiu ao palco às 23:16h (horário de Brasília) e começou a fazer um espetáculo sem fronteiras. Literalmente. A exemplo da iniciativa do Mogwai, de passar o seu filme “Burning” on line (clique aqui pra lembrar), o Arcade Fire foi ao mundo. Mas fez melhor: fez ao vivo, um show pra milhões e milhões de pessoas, do Brasil ao Japão, do Peru à Suécia. Bastava clicar no link abaixo.
Foi um evento patrocinado pela American Express, sob o nome de “Unstaged”. Um evento que espero se repita – com qualquer banda, em qualquer lugar; é bom pra marca, que ficou “de bem” com milhões de espectadores; é bom pros fãs de música decente.
A tecnologia que se tem hoje permitiu interatividade com o Twitter e o Facebook (as pessoas iam comentando o show durante o show), além de troca de câmera (eram duas) e uma transmissão perfeita (pra quem tinha um mínimo de banda larga disponível)… Uma iniciativa e tanto!
Pra ver, era só clicar aqui (o evento foi reprisado logo em seguida).
O show em si foi uma beleza, embora a banda ainda esteja entrando nesse ritmo de palco novamente (no meio de “Spraw II (Mountains Beyond Mountains)” a bateria eletrônica deu pau e a banda teve que começar de novo – jogo de cintura normal, legal e clássico pra um grupo desse calibre).
Talvez o ineditismo bigbrotheriano tenha dado uma impulsionada na gana dos integrantes, que já pulam usualmente como loucos no palco, mas aqui… Quando a banda cumprimentou a plateia e emendou “Hi, Internet!”, deu pra sentir o drama da empreitada e a ficha do Arcade Fire caiu. Win Butler se empolgou e, na nova “We Used To Wait”, até desceu do palco: foi pra galera, foi “sentir o calor”…
Daí em diante, um típico e inesquecível show do Arcade Fire!
A escolha das músicas ajudou. Embora seja um veículo para a divulgação de “The Suburbs”, o setlist mesclou canções dos três discos (infelizmente menos do ótimo “Neon Bible”), com hits e alegria geral. O bis teve ainda uma surpresa. O canal ArcadeFireVEVO pedia que o público escolhesse entre “Wake Up”, “Neighbourhood #3” e “Keep The Car Running”. Deu…
Setlist:
01. Ready To Start
02. Neighbourhood #2 (Laika)
03. No Cars Go
04. Haiti
05. Empty Room
06. The Suburbs
07. Crown Of Love
08. Rococo
09. Intervetion
10. We Used To Wait
11. Neighbourhood #3 (Power Out)
12. Rebelion (Lies)
13. Month Of May
14. Keep The Car Running
BIS
15. Neighbourhood #1 (Tunnels)
16. Spraw II (Mountains Beyond Mountains)
17. Wake Up
Quem viu esse show histórico (e foram um milhão e oitocentas mil pessoas no mundo inteiro), com uma hora e trinta e três minutos de duração, ainda não recuperou o fôlego. É difícil mesmo. Pensando bem, só podia ser dessa forma: o Madison Square Garden é pequeno pra magnitude do Arcade Fire. Para esses canadenses, só mesmo o mundo.
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Veja “Ready To Start”, a música de abertura:
Clique aqui para ver mais vídeos (são dez no total)…
“Empty Room”:
“The Suburbs”
“Rococo”:
“We Used To Wait”
“Neighbourhood #3 (Power Out)”/”Rebellion (Lies)”
“Keep The Car Running”
“Neighbourhood #1 (Tunnels)
“Spraw II (Mountains Beyond Mountains)”
“Wake Up”
Primeiro, quero deixar claro que adoro Arcade Fire. Já fui no show dos caras e é inacreditavelmente bom! SOU FÃ MESMO!
Ouvi algumas vezes o aclamadissississíssimo “The Suburbs” e achei um grande disco, como sempre acreditei que seria.
Mas, como diz o poeta, uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa.
Então, vamos lá:
O melhor disco do Arcade Fire ainda é o “Funeral”, o melhor disco do ano ainda é o “High Violet” do The National e o “Ok Computer” sempre será melhor que o “The Suburbs” (já que até o contrário disso disseram por aí).
O Radiohead, aliás, três anos atrás, fez o mesmo tipo de apresentação ONLINE que agora fez o Arcade Fire, na época divulgando o recém lançado, maravilhoso e também melhor que “The Suburbs” , “In Rainbows”, só que num pequeno estúdio com meia dúzia de gatos pingados filmando.
Ali, naquele estúdio, com músicas sendo transmitidas para o mundo inteiro em tempo real, viu-se uma inovação, não ontem.
Não vejo porque tanto alvoroço em cima da apresentação de ontem do Arcade Fire. Talvez a Americam Express saiba explicar melhor esse alvoroço todo.
E tenho dito.
Você só cometeu uma falha. Aquele webcast do Radiohead (ele tá aqui) NÃO foi transmitido pro mundo inteiro, pelo contrário. Poucos gatos pingados tiveram acesso. A injeção de grana da American Express permitiu a maciça divulgação e o investimento em tecnologia necessário pra coisa funcionar. A ideia do Radiohead naquela vez não era a mesma da do Arcade Fire. A ideia aqui era fazer um show ao vivo pro MUNDO inteiro, inclusive pros países onde não acordos de direitos autorais, como o Brasil. O National, no começo de 2010, fez o mesmo, e não passou aqui e em um monte de lugares. Foi inédito, sim, porque quebrou-se barreiras burocráticas (o dinheiro da empresa ajudo, certo?). O que o Radiohead fez não foi nada demais no sentido inovação: foi legal, bacana, interessante e tudo o mais, só que era uma apresentação em estúdio, captada por câmeras criativas pra ser difundida pela Internet e não usar a Internet como veículo de transmissão. É diferente.
Há controvérsias.
Não sei quanto a apresentação do The National, mas me lembro que a apresentação do Radiohead tinha a intenção de ser ao vivo sim, com data e hora marcadas, exatamente como a do Arcade Fire. A difusão pelos milhões de sites naturalmente ocorreu depois, assim como ocorrerá com a apresentação do Arcade Fire.
Se por questões burocráticas, as apresentações do Radiohead e, depois, a do The National não passaram em diversos lugares, tudo bem, mérito do Arcade Fire e da American Express que conseguiram quebrar essa barreira.
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