Primeiras-damas sempre foram o retrato perfeito do ideal do mundo machista: mulheres perfeitas, belas, elegantes, ali ao lado apoiando caladas a vitória do seu todo-poderoso homem, salvador da pátria escolhido pelo povo, levado ao poder pelo povo.
Jacqueline Kennedy, desesperada, recolhendo os miolos do ex-marido John F. Kennedy, então presidente dos Esteites; depois toda elegante e calada em seu luto exemplar, de luta pela preservação da dor dos filhos; é um exemplo marcante de como primeiras-damas devem se comportar – até mesmo a forma dela peitar o sistema era elegante.
Há exceções, porque sempre precisam haver exceções. No caso, Margaret Joan Sinclair – ou, a partir de 4 de março de 1971, com apenas 22 anos, Margaret Trudeau, primeira-dama do Canadá, esposa do duas-vezes primeiro-ministro Pierre Trudeau (1968 a 1979 e depois de 1980 a 1984), vinte e nove anos mais velho que ela.
A Vanity Fair definiu Margaret como “uma jovem aventureira que, aos 22 anos, se casou com um político de 51 e se viu totalmente despreparada pra ser a esposa de um líder nacional; uma criança selvagem que trocou aquela existência restritiva por uma vida de jet-set reluzente que quase a matou, e por casos com alguns dos playboys mais poderosos e notórios dos anos 1970: Ryan O’Neal, Jack Nicholson, Ron Wood, Ted Kennedy, Perrier – o herdeiro da água -, Bruce Nevins, e inúmeros outros, incluindo um notório traficante de cocaína. E ainda assim ela nunca perdeu completamente sua beleza de olhos arregalados”.
Sim, ela se relacionou com Wood, guitarrista dos Rolling Stones, mas, calma, chegamos lá – até porque é uma história bastante conhecida.
Margaret nasceu em 1948, o que a coloca na época da libertação sexual, a segunda metade da década de 1960, no auge de sua juventude-pós-adolescência.
Seu pai, James Sinclair, foi membro do parlamento canadense por quase vinte anos (1940 a 1958) e depois um empresário bem-sucedido no ramo de materiais de construção. Era um liberal (esqueça o conceito brasileiro atual de liberalismo, que está mais pra conservador e retrógrado), bem como Pierre Trudeau e, bem relacionado com a ala progressista política do país à época, se tornaram amigos, o que facilitou o casamento de Pierre com Margaret.
Pierre e James (e Margaret, por tabela) eram marxistas sem se auto-proclamarem assim. Eram políticos de esquerda em um país bastante conservador à época. E mudaram, junto com uma maioria no parlamento, o Canadá desde então.
Acontece que ser liberal quer dizer ser liberal mesmo. Progressistas nos costumes, numa época progressista.
Pierre era ele mesmo um playboy ou bon-vivant. Ele teve um caso com Barbra Streisand, que o descreveu como uma mistura de “Marlon Brando e Napoléon”, embora a mistura pareça bastante inadequada no caso físico de Pierre.
Em 2009, Margaret Wente, jornalista do canadense Globe And Mail, descreveu aquele homem que conheceu quando já ele já tinha mais de 70 anos como alguém que as mulheres amavam – e que ele “as amava de volta”. “Ele se sentia muito mais confortável com elas do que com os homens, especialmente se fossem jovens, lindas, animadas, artísticas, esquerdistas e um pouco excêntricas. Eu não era nenhuma dessas coisas. Mas, ei, uma garota pode sonhar”, escreveu a repórter.
O artigo foi escrito quando do lançamento da biografia do ex-primeiro-ministro canadense, por John English, “Just Watch Me: The Life Of Pierre Elliot Trudeau 1968–2000”. Segundo, Wente, “é um relato mais completo da vida amorosa de Trudeau que provavelmente teremos. Infelizmente, certas mulheres falaram apenas em segredo. E ainda não consegui descobrir se ele realmente dormiu com Barbra Streisand”.
“‘Ele realmente dormiu com Barbra Streisand?’, eu perguntei ao sr. English. ‘As evidências de que ele fez isso são esmagadoras’, disse ele”. Isso talvez não seja tão importante – cada um transa com quem quiser transar, mas dá uma ideia do cenário do casal Trudeau.
Outras mulheres ficaram mais do que felizes em tagarelar e contar tudo a English: Liona Boyd (o violonista clássica loura e estonteante), Margot Kidder (que fez a namorada do Superman nos primeiros filmes do kryptoniano nos cinemas), Gale Zoë Garnett (que escreveu “We Sing In The Sunshine”, cuja música faz a gente imaginar até mesmo o encontro) e Kim Cattrall (sim, ela mesma, de “Sex And The City”).
Trudeau costumava, inclusive, convidar duas “namoradas” pro mesmo evento. Uma só não bastava. Allan Gotlieb, seu embaixador em Washington, reclamou de um jantar que ele ofereceu pra Trudeau “só” porque ele levou três mulheres – e nesse caso, ele já estava separado de Margaret, embora morassem juntos na residência oficial do governo.
“Ele era incrivelmente sexy”, disse Cattrall. “Ele falava muito suavemente, era incrivelmente inteligente e sensível”. Não é de se espantar ter sido duas vezes primeiro-ministro do país.
“Pessoalmente”, segue Wente, “se eu fosse Margaret, teria enlouquecido com o cara. Como marido, Pierre era crítico, emocionalmente reservado e profundamente antiquado. ‘Razão antes da paixão’ era seu lema, mas obviamente ele se esqueceu disso quando se casou com ela”.
Mas não se pode dizer que Margaret era recatada. Como Pierre, ela dava seus pulos – e foram muitos. Até porque, mais jovem, precisava viver.
Quando Trudeau chegou ao poder em 1968, tinha quase 50 anos. Mas para suas hordas de groupies, ele personificava o espírito da época – jovem, irreverente, aventureiro e despojado. “Ele foi o primeiro (e talvez o último) PM que ficava bem de jeans”, escreveu com certa satisfação Wente. “Ele teve a sorte de conduzir sua vida amorosa em uma época em que a vida privada dos políticos era (por consentimento mútuo) mais proibida pra mídia do que agora. Suas escapadas – pra não falar dos olhares de Margaret – atrairiam muito mais escrutínio hoje”.
Margaret, no entanto, provou ser totalmente compatível. Estava à altura do desafio. Eram, talvez sem um acordo tácito, um “casal aberto”.
“Ela ergueu as sobrancelhas e conquistou corações ao se recusar a se conformar com as noções tradicionais do que uma esposa de político deveria ser”, ressaltou Wente. De fato, ela era tudo o que o mundo machista não esperava de uma primeira-dama. “Ela fumava maconha na frente de seu destacamento de segurança (quando ela não estava tentando se livrar deles), festejava no (famoso clube noturno nova-iorquino) Studio 54 e era descarada em seus gostos por alta moda, arte revolucionária e rock’n’roll”.
Naquela época, ela já sofria de transtorno bipolar e depressão, mas ninguém sabia. Nem ela. E suas atitudes eram vistas como coisas da juventude oprimidas pelas funções da vida pública. Pelo menos era o que acreditavam eleitores, jornais e o próprio casal.
Margaret Sinclair tinha mais quatro irmãs. Ela era, em suas próprias palavras, “uma adolescente altamente sexualizada” que dirigia um fusquinha 1966, fumava maconha, tomava mescalina e era obcecada por John Keats. Aos 19 anos – durante as férias de Natal de 1967 – ela fez uma viagem em família ao Taiti e começou a namorar Yves Lewis, de 21 anos, um campeão francês de esqui aquático que estudou na Sorbonne e cujo avô foi um dos fundadores do Club Med.
Uma tarde, sozinha em uma jangada, encontrou-se com um homem mais velho, “claramente um atleta”, ela afirmou em entrevista; a brincadeira deles logo se transformou em uma bate-papo animada. Depois que eles fizeram mergulho livre juntos, algo a impressionou sobre Pierre Trudeau, mesmo que ele fosse 29 anos mais velho que ela. Seus olhos, ela agora se lembra, “eram de um azul muito, muito cintilante. Ele era muito charmoso. Ele era um aventureiro; ele era uma provocação; ele era tão, tão inteligente. E ele tinha pernas fabulosas”.
Ela conseguiu fisgar aquele político-bon-vivant e isso foi uma surpresa pra mídia canadense. Eles se casaram em 1971, quando ele já era primeiro-ministro, numa cerimônia tão secreta que nem mesmo assessores de Trudeau sabiam do evento.
Ela entrou voluntariamente na cova dos leões da política e não fez muito pra “facilitar”. O frenesi da mídia atingiu o auge quando ela compareceu a uma recepção na Casa Branca em 1977, promovida pelos conservadores anfitriões Jimmy e Rosalynn Carter (conservadores em comparação aos Trudeau) usando quase uma minissaia. Só que a própria primeira-dama estadunidense a apoiou – bem como as feministas, entre elas, Elizabeth Taylor.
Eles estavam condenados a se tornarem um casal miserável. A separação era questão de tempo.
Mas antes, eles aproveitaram muito. Inclusive no Caribe. Mais especificamente em Cuba. Os Trudeau eram amigos de ninguém menos que o grande Fidel Castro, que também era um notório promíscuo – tinha tantas mulheres quanto seu cargo de ditador podia permitir, e teve também tantos filhos quanto. Seu apetite sexual era tão grande quanto sua vontade de enfrentar o capitalismo.
Pra se ter uma ideia da proximidade de Castro com os Trudeau, em 2000, o cubano fez uma rara aparição fora da ilha pra comparecer ao funeral de Pierre no Canadá (ele morreu em 28 de setembro). Em sua visita, Margaret deu as boas-vindas ao líder em seu hotel em nome dos Trudeaus. Todos eles tiraram fotos juntos.
Numa das viagens dos Trudeau ainda casados a Cuba, no começo de 1971, começou-se a construir uma teoria da conspiração das mais interessantes (ou engraçadas) atualmente: de que Justin Trudeau, o mais velho de Margaret, nascido em 25 de dezembro daquele ano, é, na verdade, filho de Fidel Castro. E há muitas fotos tentando mostrar a semelhança dos dois em um artigo bastante capcioso, mas que vale ler e se divertir.
Sim, Margaret é a primeira mulher a ser não só primeira-dama de um primeiro-ministro, como mãe de um primeiro-ministro. Justin Trudeau assumiu o cargo em 4 de novembro de 2015 e está no cargo até hoje – igualmente progressista, como o pai Pierre (e, vai, pelo menos nas ideias, como Castro) e como a mãe.
Quando Fidel morreu, Justin Trudeau foi o único líder do mundo ocidental a fazer-lhe um elogio extremamente positivo.
Mas, então, veio a separação, em 1977. Também em segredo – ninguém ficou sabendo, pois ela continuou morando na residência oficial. Então, Margaret foi viver a vida que não viveu quando jovem (bem, ela tinha apenas 29 anos aqui).
“Quando eu finalmente deixei Pierre”, ela contou à Harpers Bazaar, em 2016, já fazia muito tempo; tentamos conselheiros matrimoniais e tudo mais”.
Ela deixou seus três filhos pequenos na residência oficial e foi um dia ver os Rolling Stones tocar em um show particular em Toronto. Ela passou a noite com a banda e foi um escândalo.
Em 21 de março de 1977, a revista MacLeans publicou um artigo sobre o acontecido.
“‘Não pretendo ser apenas uma rosa na lapela do meu marido’, disse Margaret Trudeau uma vez” – assim começava o artigo. “Em seis anos de casamento, ela cumpriu vigorosamente sua promessa – e suas visitas de destaque a duas apresentações íntimas de Toronto dos atrevidos Rolling Stones da Grã-Bretanha, seguido por um passeio de balé em Nova Iorque (Mikhail Baryshnikov) e a um famoso estúdio fotográfico (Richard Avedon), mostram isso. Em ambas as viagens, ela estava desacompanhada do marido, e o resultado – no Canadá e em grande parte do mundo anglófono – foi estridente, rápido e implacavelmente inquisitivo. Ela pode não ter previsto a extensão do tumulto, mas Margaret nunca se importou em ser o centro das atenções. Por uma semana inteira, Margaret Trudeau, 28, certamente não era a flor de lapela de ninguém: ela era toda uma fronteira herbácea própria e turbulento florescer”.
Segundo a revista canadense, o “pavio acendeu-se” com a visita não anunciada de Margaret ao primeiro concerto dos Stones, em 4 de março. A “caixa de pólvora explodiu” quando ela o repetiu na noite seguinte. Ambas as vezes ela chegou com o vocalista Mick Jagger e o guitarrista Ron Wood: ela poderia ter atraído mais publicidade apenas se tivesse chegado nos braços de Keith Richards, o guitarrista e compositor principal do grupo, que alguns dias antes havia sido preso com duas acusações de porte (heroína e cocaína) e uma de intenção de tráfico (heroína).
“Afinal, os Stones não são apenas, por consenso, a melhor banda de rock do mundo: eles são os rebeldes do rock, o lado negro dos Beatles, um grupo que por uma década deixou pra trás um rastro sulfuroso de apreensões de drogas, violência e mortes prematuras (notavelmente quatro em Altamont na Califórnia, 1969 – um enorme acontecimento ao ar livre policiado pelos Hell’s Angels)”, publicou a revista.
“‘Eu não gostaria que minha esposa se associasse a nós’, disse o baterista Charlie Watts, enquanto Margaret posava com eles em Toronto. Naturalmente, tudo isso faz parte da atração mítica dos Stones, e não passou despercebido à esposa do primeiro-ministro que, como Margaret Sinclair, cresceu com isso”.
Sobre o show de duas horas na boate decadente do centro de Toronto chamada El Mocambo, ela disse: “Fantástico!”. Os Stones estavam de fato em uma forma superlativa. Mas o que outros acharam igualmente notável foi que naquela noite era o sexto aniversário de casamento dos Trudeaus, e que Margaret o estaria passando no Hilton de Toronto, a dez andares dos Stones.
Mesmo assim, a tempestade ainda estava por vir. Mais tarde naquela noite, ela foi a uma festa dos Stones na suíte da banda. Era 1977, vale ressaltar, e os integrantes dos Stones ainda tinham muita festa pra fazer.
“‘Ela realmente estragou a festa’, disse um convidado mais tarde. ‘Ninguém conseguia relaxar’. Não é de admirar: os Stones costumam relaxar, por reputação, com uma variedade de produtos químicos interessantes, e Margaret foi acompanhada por um Mountie (como são chamados os integrantes da Real Polícia Montada do Canadá). As nuvens de tempestade se acumularam quando Margaret foi para a apresentação dos Stones na noite seguinte e tornou-se óbvio que o Gabinete do Primeiro Ministro não tinha controle total sobre seus movimentos. ‘É a vida privada dela’, disse um porta-voz de Trudeau com firmeza, ‘e ela está oficialmente dizendo que quer liderá-la da maneira que quiser'”, destacou a revista.
“Ficamos papeando até cerca das cinco da manhã, na minha suíte de hotel”, disse ela. “Fumei um pouco de maconha, conversamos. Foi uma boa noite e era meu novo mundo. Mas ninguém sabia que eu estava separada de meu marido ainda, e isso acabou como um grande escândalo”.
Na semana seguinte, Margaret e os Stones voaram – em aviões diferentes – pra Nova Iorque. Naquela noite, ela e a princesa Yasmin Khan, filha do falecido Aly Khan e da atriz Rita Hayworth, foram ver Baryshnikov, a estrela do balé russo, no centro da cidade. Recebida por uma falange de repórteres e fotógrafos, Margaret explicou que não estava em Nova Iorque por causa dos Stones, mas porque queria fazer um curso de fotografia com Avedon. Entregou um exemplar do The New York Post, que trazia uma grande foto dos Trudeaus sob o título garrafal “ESPOSA DE TRUDEAU SE ESCONDENDO”, ela o jogou em uma fileira de assentos à sua frente. “Eu digo foda-se pra todos aqueles jornais. Meu marido sabia, minha secretária sabia… Eu me comportei como sempre”, defendeu-se, sem de fato precisar disso.
Mais tarde, Yasmin e Margaret foram beber no Plaza, onde Ron Wood se juntou a elas.
“Passei a noite com os Rolling Stones, sem dúvida, mas certamente não foi com Mick Jagger. E isso é tudo que vamos dizer sobre isso”, disse ela à época. Em seu livro de memórias 2007, Wood escreveu sobre Margaret: “nós nos divertimos muito e o nome do marido dela nunca foi mencionado”.
A essa altura, a imprensa britânica, com sua mistura patenteada de piedade e escândalo, entrou na história como um bando de freiras libidinosas, e em Nova Iorque a colunista Suzy, do Daily News, colocou assim: “Ron Wood… é o Stone muito especial da Sra. Trudeau. Ele provavelmente pode lhe dizer mais sobre onde Margaret está hospedada do que talvez até mesmo o primeiro-ministro”. Até Bianca Jagger foi ouvida. Margaret estava hospedada na casa dos Jaggers em Nova York? “O que? Aqui? Não comigo por perto, ele não faria isso”.
Se Margaret estava preocupada com a publicidade ou os paparazzi que a seguiram durante sua estada em Nova Iroque, ela certamente não demonstrou. Muitos que a seguiram tiveram a impressão de que ela estava era gostando de cada momento. Com a imprensa em seu encalço, negou qualquer envolvimento amoroso com Jagger ou Wood.
Enquanto isso, àquela altura, os jornais canadenses questionavam se o comportamento dela poderia influenciar as eleições. “A nação está em jogo aqui!”, gritou um. “Você não pode ter a esposa do PM saindo com os Stones, pelo amor de Deus, quando você está com 41%” (nas pesquisas). Outro: “Com certeza não machuca Jagger. O único que se machuca é Trudeau”.
A revista encerra o artigo mostrando-se bastante condescendente, sem deixar de reforçar o machismo, colocando-a “em seu lugar”: “ninguém se importa muito que ela seja conhecida por fumar maconha; afinal, ela é um produto de sua época e lugar, com revestimentos liberais de contracultura. O que ela ainda não percebeu é o fato de que não é mais Margaret Sinclair; e embora às vezes saia impune, nem sempre pode se comportar como se estivesse. Você tem que fazer seus próprios julgamentos se ela alcançou um novo nível de liberdade ou se ela é incrivelmente autoindulgente. Obviamente, ela não está fazendo nenhum bem a Pierre agora”. Sim, o problema era Pierre, não a vida dela. ‘Sra. Trudeau, senhoras e senhores… os Rolling Stones!'”.
Hoje, Margaret é a mãe do primeiro-ministro, conhecedora de sua depressão e transtorno bipolar. Vive no Canadá e vive bem. Continua bela, confiante e completa em 2021 73 anos. Hoje, apoia tremendamente o primeiro-ministro, que é seu filho. Não precisa de muitos protocolos.
Amiga de Andy Warhol, certa vez ela disse: “ele era o artista mais brilhante e era muito curioso, como uma criança. Íamos ao Studio 54 e ele tinha sua pequena câmera brownie amarrada ao pescoço. Era um homem muito gentil. Ele não era um homem de muitas palavras, mas eu gosto disso. Eu ficava confortável com Andy. Nós nos conhecemos no Japão, por incrível que pareça. Sentamos um ao lado do outro em um templo budista. Ele foi apenas um catalisador. Foi um ótimo período da minha vida. Eu amava Andy, gostava de estar ao seu lado. Ele me mostrou uma maneira diferente de olhar o mundo, e não eram palavras. Foi visualmente, com cor e luz”.
Foto: Adam Scull-PHOTOlink/MediaPunch