O texto de apresentação deste sessão versa sobre a paixão que Bethany Cosentino tem pela costa oeste dos Esteites e sobre como ela foi influenciada pela surf music de garagem dos anos 1960. Ok, isso tem muita importância e tals, mas talvez o mais relevante na música do Best Coast seja o estilo de vida dessa cidadã, uma preguiçosa nata, tuiteira de marca maior (não sai da frente do computador – e provavelmente deitada de bruços), apaixonada pelo gato (seu gato tem até uma conta no Twitter) e uma tremenda dorme-sujo.
No Twitter, Bethany dá muitas pistas de como pensa sua banda: por ela, faria uns shows aqui e ali, ganharia meia dúzia de verdinhas e se recolheria pro calor da residência pra ficar de papo pro ar. Uma verdadeira vagaba, no sentido de não querer trabalhar, entende?
Seu parceiro, o japa Bobb Bruno, é um maconheiro de dar inveja a muito conhecido meu e não deve cortar o cabelo desde o grande terremoto de São Francisco, no começo do século passado.
E isso tudo está na música praiana da banda, que é preguiçosa e é também cheia de vitalidade – mas depende de quem ouve.
Nessa sessão de 17 minutos e meio, que foi ar dia 28 de setembro último, a banda está descontraída, rindo pra todo lado, se divertindo à beça. Bom, é assim que tem que ser mesmo: por diversão. Mas dá pra ouvir uma bocejante preguiça nas versões das três músicas tocadas aqui, todas do primeiro e único disco do Best Coast, “Crazy For You”: “The End”, “Boyfriend” e “Summer Mood”.
Algo me diz que em disco é melhor, bem melhor, mas quem tem que dizer isso é você: