CARTER THE UNSTOPABLE SEX MACHINE

Apesar de toda a safadeza que tenho feito com meus neurônios nos últimos 36 anos de vida, eles ainda funcionam um tanto. Lembrei-me dia desses de uma certa banda que nem era uma grande banda. Posso dizer que era apenas divertida, o que já tá bom demais. Lembra-se da Carter The Unstoppable Sex Machine, ou simplesmente Carte USM? Pois é, lesado, eu lembrei.

Meus intactos neurônios recordaram-se da boa “Sheriff Fatman” e fui à caça dela. Daí, achei mais do que o bom primeiro disco, “101 Damnations”, de 1990 – só o primeiro é bom: achei uma coleção de músicas chamada “Covered By The Unstoppable Machine”, só de coveres, das mais inusitadas possíveis.

As versões nem são tão boas assim, mas é bom ouvir “Hit”, do Sugarcubes; “Rent”, do Pet Sho Boys; “Trouble”, do Shampoo; “Everybody’s Happy Nowadays”, do Buzzcocks; e, principalmente, “This Is How It Feels”, do Inspiral Carpets; com esses malucos do Carter. Tem ainda Elvis Costello, Pink Floyd, Soft Cell, The Jam, Monkees, Wire, Generation X e Kraftwerk (“The Model”, ao vivo).

Ouça a versão para “This Is How It Feels”, do Inspiral Carpets:

O Carter USM surgiu em 1988, na Inglaterra, fruto da imaginação fértil e um tanto deformada de Les “Fruitbat” Carter e do seu parceiro Jim “Jimbob” Morrison. O primeiro single “A Shletered Life” surgiu numa coletânea da Big Cat, gravadora independente sem nenhuma importância. Mas logo veio o “Xerife Gordo” e, pronto, a molecada inglesa passou a adorar o Carter USM.

Puro som juvenil, com guitarras altas, barulheira, podreira punk e nenhum cérebro. Tipo… Toy Dolls com bateria eletrônica e mais acelerado.

O interessante (?) foi eu ter lembrado deles justamente quando se reuniram para dois shows caça-níqueis, o segundo deles agora, dia 2 de novembro último, num Brixtom Academy lotado. Bom, nem tão interessante assim.

Pra conhecer a fundo, sem trocadilho, a máquina incansável de sexo, vá na coletânea dupla recém-lançada “You Fat Bastard”.

Não fez tanta falta eu ficar tanto tempo sem lembrar, mas é curioso conhecê-los, ao menos. Ou talvez eu precise maltratar ainda mais meus neurônios.

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