DEZ ANOS DEPOIS

Frank Sinatra é um cara cujas músicas não tem como não gostar. Sem a interpretação dele, talvez elas não seriam… tanto.

Faz 10 anos que A Voz se calou e as interpretações dele de “Something Stupid”, com sua filha Nancy, “New York, New York”, “I’ve Got You Under My Skin”, “Fly Me To The Moon”, “The Way You Look Tonight”, “Night And Day”, “I Get A Kick Out Of You” etc. etc. etc. etc. etc. se tornaram únicas.

Ele era isso: A Voz.

Como ator, limitado, apesar do Oscar por “A Um Passo da Eternidade” (From Here To Eternity, EUA, 1953). Sempre, A Voz.

Frank era Frank para todos – e por isso merece a homenagem do Floga-se. A baixo um vídeo quemostra essa importância. Um vídeo sensacional, por sinal, conhecidíssimo, que tem o baixista-não-baixista mais famoso da história do rock.

Lembro-me do dia em que Frank Sinatra morreu. Era um sábado. Estávamos eu, meu irmão e um amigo indo a um churrasco no interior de São Paulo. No caminho, o anúncio. Paramos o carro num posto de gasolina, pedimos umas cervejas e ficamos ouvindo “New York, New York” por quase meia hora.

Foi uma perda sentida de fato.

A contagiante interpretação de “I’ve Got You Under My Skin”, com todos aqueles metais, me fez, certa vez, atropelar um cachorro na Rio-Santos, estourar meu radiador e quase provocar um acidente terrível. A música contagia de tal forma, que me vi regendo o naipe e esquecendo que estava dirigindo. Um perigo.

Frank Sinatra era pop. Meu pai gostava. Ele sempre foi mais afeito aos “punks” do jazz, como Charlie Parker, o Bird, mas com Frank, tudo ok.

Ele fez o primeiro grande drogado do cinema, em “O Homem do Braço de Ouro” (The Man With The Golden Arm, EUA, 1955), do espetacular Otto Preminger. Um papel que podia parecer exagerado, mas que era baseado em muita gente – e talvez até nele mesmo – que conheceu na sua badalada vida. Era com conhecimento de causa.

Dizem que foi inspirado num episódio de sua baixa na carreira, que Mario Puzo colocou a cena da cabeça do cavalo em “O Poderoso Chefão” (The Godfather, EUA, 1972). Foi justamente o papel pedido nessa situação o de “A Um Passo da Eternidade”, que reergueu a carreira de Frank Sinatra.

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