DEZ DISCOS EXPERIMENTAIS NA ÍNTEGRA

Música experimental é um conceito realmente amplo. A definição, segundo a pessoa que escreveu na Wikipedia, “refere-se, na literatura de língua Inglês, a uma tradição de composição que surgiu em meados do século XX, aplicada especialmente na América do Norte para a música composta de tal forma que o seu resultado é imprevisível”.

Imprevisível pro ouvinte “médio”, eu reforçaria. E por “ouvinte médio” é possível entender toda aquela massa de pessoas que se encaixam no padrão grande mídia de consumo musical. Sendo assim, instrumentos alternativos, tonalidades diferentes, afinações diversas, tempo de música acima dos três minutos usuais do pop, estrutura fora do padrão estrofe-estrofe-refrão-solo-refrão, temas difíceis etc. podem ser encaixadas no rótulo “experimental”, por se mostrarem imprevisíveis à grande massa.

Mesmo assim, não é tão simples. Porque experimental pode ser um bocado de coisa: ambient, psicodelia, drone, post-metal, post-rock, noise, e toda essa sorte de gêneros que jamais pegaram a crista da onda e tiveram que usar os subterrâneos da história pra conseguirem seus seguidores – que são, acredite, muitos.

Experimentar é sair do lugar comum. Os dez discos aqui listados certamente não são os melhores em seus estilos, mas são bons exemplos de como a música pode sair desse lugar comum, como ela pode provocar, buscar novos caminhos e abrir a cabeça do ouvinte. E essa busca pelo novo, pelo diferente, se mostra universal.

Por isso, dos dez discos listados, fiz questão de escolher artistas de países bem distintos e de estilos diferentes (aliás, os rótulos aqui colocados por certo irão causar estranheza em alguns versados no assunto, mas eles servem apenas como orientação, pra mostrar que não se trata do mesmo estilo de música e que “experimental” pode ser um bocado de coisas, desde a pancadaria sonora, até aquela canção de ninar).

Como o Floga-se adora uma provocação, estão aí dez discos pra você começar a mergulhar nesse mundo praticamente infinito. O único conselho – de amigão – é: se você entrar e gostar, é capaz de viciar e nunca mais sair.

Essa é a mágica da música, em qualquer estilo, em qualquer idioma.

TAIGA
Artista: OOIOO
Procedência: Japão
Ano: 2006
Estilo: Noise
Duração: 45’44” (do álbum) e 57’52” (do player)

EVE
Artista: Ufomammut
Procedência: Itália
Ano: 2010
Estilo: Experimental Metal
Duração: 67’50” (do álbum) e 67’54” (do player)

KOLLAPS
Artista: Einstürzende Neubauten
Procedência: Alemanha
Ano: 1981
Estilo: Industrial
Duração: 38’57” (do álbum) e 39’00” (do player)

GREAT WHITE DEATH
Artista: Whitehouse
Procedência: Inglaterra
Ano: 1985
Estilo: Electronic
Duração: 41’18” (do álbum) e 41’29” (do player)

NOSFERATU
Artista: John Zorn
Procedência: Estados Unidos
Ano: 2012
Estilo: Avant-garde
Duração: 61’14” (do álbum) e 59’02” (do player)

OPUSCULE
Artista: Land
Procedência: França
Ano: 2002
Estilo: Ambient
Duração: 48’54” (do álbum original) e 48’55” (do player)

YESTERDAY WAS DRAMATIC, TODAY IS OK
Artista: Múm
Procedência: Islândia
Ano: 2000
Estilo: Electronic Ambient
Duração: 67’41” (do álbum) e 67’36” (do player)

FILTH
Artista: Swans
Procedência: Estados Unidos
Ano: 1983
Estilo: No Wave, Industrial
Duração: 37’44” (do álbum) e 36’50” (do player)

OU NÃO
Artista: Walter Franco
Procedência: Brasil
Ano: 1973
Estilo: Art, Avant-Guarde
Duração: 39’44” (do álbum) e 39’48” (do player)

POP ATARI
Artista: Boredoms
Procedência: Japão
Ano: 1992
Estilo: Art Punk
Duração: 66’55” (do álbum) e 65’36” (do player)

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Comentários

comentários

2 comentários

  1. Curti demais as dicas…Sei que são um top ten… Mas fica a dica dos 3 álbuns do Mr. Bungle e tem Fantômas, ambas as bandas são do cantor e frontman do Faith No More, Mike Patton….

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