Ainda se arrastando sob uma densa camada de sons espaciais, Guilherme Boldrin entrega o EP “Solos Sagrados”. Dezoito minutos de três faixas juntadas num só propósito – “a atmosfera é a de um caso de amor sob a iminência do apocalipse, da resistência mágica contra a distopia, acessando a sombra da mente pra libertar a luz do outro lado”.
O músico, que lançou “Ishtar” em 2015 (leia e ouça aqui), aparece bastante sombrio, especialmente na segunda faixa, uma goteira que pressupõe abandono, e termina apoteótico, um industrial contido, sequencial e espectral.
“Solos Sagrados” é apresentado como se fosse uma longa e única faixa, mas são três: “Cipriana”, “Lvci” e “IX”, bem pontuadas e perceptíveis no trabalho, como você ouve abaixo. É uma obra interessante e acessível, de surpreendente simplicidade.
O EP foi todo composto, gravado, mixado e masterizado pelo próprio Boldrin. O lançamento independente é de 13 de junho de 2019.
1. Cipriana
2. Lvci
3. IX
Ficou psicodélico anos 70 lembra o primeiro disco do pink Floyd instrumental