“Este é um álbum do Honorável Harakiri considerado como perdido. Nossas gravações sempre foram feitas em condições muito abaixo do ideal, mas esta tinha ainda muitos outros problemas, considerando que havia inclusive uma banda de rock tocando na sala ao lado.
Quando da primeira audição, ficamos ainda mais desolados ao notar que os sopros ficaram distantes do microfone durante algumas partes… então, decidimos que não lançaríamos. Mas o tempo passou e decidimos ouvir de novo. Os arquivos estavam profundamente enterrados em um velho disco rígido, mas conseguimos localizá-los. Fizemos o que pudemos e o que sabíamos com os arquivos brutos, e agora apresentamos uns quarenta minutos da densa energia do Honorável Harakiri”.
A apresentação apaixonada é do próprio selo Mansarda Records, sobre o seu nonagésimo lançamento, este “Lenho”, do trio Honorável Harakiri, exatamente no dia em que o selo completava seis anos de existência, em 2 de abril de 2018.
O trio é Diego Dias (sopros), Marcio Moraes (guitarra) e Michel Munhoz (bateria), intrinsecamente ligados à Mansarda. E o disco fecha a trilogia formada por “Honorável Harakiri”, de 2013 (leia e ouça aqui) e “Os Surdos Herdarão A Terra” (do mesmo ano, leia e ouça aqui). Aconselha-se ouvir os três na sequência.
O que se ouve é igualmente o mais apaixonado som improvisado pelos três músicos, um jazz-noise livre de fronteiras e seguindo o fluxo das veias e pulsações musicais deles.
O disco foi gravado no Musitek Estúdio, em Porto Alegre, com masterização de Diego Dias.
1. Entalhe
2. Farpa
3. Tora
4. Toco
5. Sarrafo
6. Ripa
7. Lenha