Quando recebi as músicas desse cidadão, a pergunta óbvia foi: quem diabos é esse cara? Folk típico estadunidense, basicamente voz, violão e percursão e eventualmente um bandolim, um violino, um piano – quiçá um violino. Isso é NICHOLAS GUNTY, natural de Indiana, Esteites, e ainda quase um adolescente.
Esse é um daqueles caras que lembram outros trocentos “trovadores” de violão em punho – mas você pode chamar pra si o Iron & Wine, o Paul Simon ou Devendra Banhart, ou até mesmo qualquer um desses cantores que aparecem nos filmes estadunidenses de baixo orçamento, de cenário interiorano, solitários, em cima do palco, num banquinho, só com o violão, cantando pra meia dúzia de perdidos, em troca de um cascalho ou outro.
Mas você também deve dar um pouco de crédito a Gunty. No seu primeiro disco, homônimo, composto, arranjado, produzido e gravado por ele mesmo, o que chama atenção é a sua voz doce e as músicas simples, belíssimas, como “Veronica”. Ou com algumas camadas, como “Shovel” (essa, do primeiro EP).
É um disco pra se ouvir sozinho, triste. Ou dirigindo – trilha sonora ideal para um road movie. Ou, por outra, pra ouvir no inverno, num chalé, lareira acesa, clima de romance. Ou, se preferir, até mesmo na praia, no final da tarde… Bom, a música de Nicholas Gunty vai te acertar de uma forma ou de outra.
Tente buscar por aí (ou comprar via iTunes). É bem difícil achar algo dele na Internet. De qualquer forma, o serviço é esse:
01. Veronica
02. Someday
03. Under My Skin
04. Leaves
05. Simple Shade Of Brown
06. In
07. Winking Prose
08. Stone Of Your Heart
09. One For The Road
10. At The World’s End
11. Math Facts
12. The Great Zero
Esse é o vídeo oficial de “Shovel”, feito em 2008 (o sujeito de óculos é ele):
Ouça aqui a bela “Veronica”:
Pra ouvir mais, vá à página oficial dele no MySpace, clicando aqui.