“Drink The New Wine” marca a primeira música nova do Bauhaus desde o disco de 2008, “Go Away White”. Lá se vão quatorze anos. E não foi uma composição assim tão simples.
Segundo nos conta o sempre relevante site Post-Punk.com, a banda usou o chamado Exquisite Corpse, técnica de improviso criativo dadaísta: “o título refere-se ao primeiro desenho ‘Cadavre exquis’ de André Breton, Marcel Duchamp, Jacques Prévert e Yves Tanguy, que incluía palavras que, quando encadeadas, diziam: ‘Le cadavre exquis boiara le vin nouveau’ (‘O requintado cadáver beberá o vinho novo’.)”, explica o site.
Então, pra gravação de “Drink The New Wine”, “cada músico (da banda) tinha um minuto e oito faixas à sua disposição, mais um minuto compartilhado, mais quatro faixas pra uma composição… tudo feito sem ouvir o que os outros haviam feito. O único elo comum era uma batida pré-gravada, cortesia de Kevin Haskins (baterista do Bauhaus)”.
Vale ler também a conclusão do site: “o resultado é uma paisagem sonora desarticulada de nonsense fundido e lógica de sonho lynchiana; um fascinante exercício de improvisação e observação do fluxo de energias entre os artistas. É bacana, bizarro e simplesmente divertido ver a dinâmica da banda após quatro décadas. Mais poética do que amigável à pista de dança, ‘Drink The New Wine’ é uma experiência refrescante”.
De fato, uma experiência e tanto: