Bob Dylan não lançava uma música nova desde 2012, quando mandou ao mercado o disco “Tempest”. Nesse meio tempo, fez três álbuns de coveres, “Shadows In The Night (2015), “Fallen Angels” (2016) e “Triplicate” (2017). Na madrugada dessa sexta-feira (27), anunciou “Murder Most Foul”, uma faixa de dezesseis minutos e cinquenta e seis segundos sobre o assassinato do ex-presidente estadosunidense John F. Kennedy, em 1963.
“Gratidão aos meus fãs pelo apoio e lealdade. Eis aqui uma música inédita que gravamos há um tempo e que vocês podem achar interessante. Fiquem seguros, atentos e que Deus esteja com vocês”, escreveu o músico.
A Rolling Stone gringa observa que Dylan não disse exatamente quando a música foi gravada, mas sua apresentação vocal delicada se assemelha à maneira como ele cantava em seus shows ao vivo nos últimos dois anos.
A música começa com uma narrativa direta do assassinato de Kennedy, mas se expande para uma jornada impressionista, elegíaca e cada vez mais apocalíptica, com referências a “Tommy”, do The Who, a Woodstock, aos Eagles, Fleetwood Mac e ao festival Altamont, passando pra talvez toda a cultura do país do século XX, incluindo aí sua música.
“No dia em que o mataram, alguém me disse, filho, a era do anticristo apenas começou”, canta Dylan. “A alma de uma nação foi arrancada e está começando a entrar em decadência lenta…”.
Dylan destrincha também uma longa lista de músicas e músicos, de John Lee Hooker a Guitar Slim e Bud Powell, Stevie Nicks, Don Henley, Dickey Betts, Thelonious Monk e até menciona “Only The Good Die Young”, de Billy Joel.
Incrível é o mínimo a se dizer dela: