“Vai / se desprende de mim / eu aguento / não tem que doer mais do que já dói”: no meio da pandemia, da solitária pandemia, a gente ouve a segunda música liberada por Jair Naves do seu quarto disco, sem título revelado, e pensa o quanto machuca ficar sozinho, não ter ninguém pra compartilhar essa desgraça que vivemos (veja e ouça “Todo O Meu Empenho” aqui).
Com sua guitarra acompanhando e basicamente isso, Naves vai (ops) apresentando sua inspirada letra como um alívio próprio (destaquei esse trecho, mas ela inteira faz algum sentido pra um bocado de gente).
Ficam chamando Jair Naves de “trovador” e ninguém poderia discordar, vendo-o poetizar na plena Idade Média que o Brasil se afundou.. Há alguma beleza a se admirar ainda.
Foto que abre o artigo é de Meredith Adelaide.