O disco sai hoje. Inclusive numa loja aí perto de você. É, o Arcade Fire tem esse poder, até aqui no Brasil. Compre. Ou, se ainda for descrente do poder dos canadense, ouça antes aí embaixo.
O NPR, sempre ele, colocou o site inteiro pra você ouvir, de graça, na faixa, no vasco. Um presentão pra comemorar o lançamento de “The Suburbs” (detalhes do disco aqui).
Realmente, não me recordo de um disco que tenha tantas críticas positivas como esse. No Twitter, nos blogues especializados, nos sites de grandes revistas, jornais e até artistas diversos, como Lily Allen, todos babaram em cima do disco. A reação geral é que a peça é um primor.
Pensei que essas tantas reações inflamadas tivessem nascido do fato da banda ter distribuído o disco com bastante antecipação a alguns felizardos e privilegiados veículos, de modo que eles não pudessem falar mal, pra não perder a mamata – essa é uma prática antiga e quase sempre funciona.
Aí, o rabugento aqui pensou: “não tenho rabo preso com banda, nem gravadora, então, vou falar mal, claro, por que não?”. A unanimidade é burra, como diz o outro. Mas “Suburbs”, que abre o disco, é realmente boa. Vou passar pra outra. “Ready To Start”, a gente já se cansou de ouvir. Muitas guitarras e a bateria um passo a frente, como o Arcade Fire criou como marca. Não vale também. “Modern Man” pode ser a que eu vou derrubar. Não deu… Nem na próxima, nem na seguinte, na outra…
A sequência que o Arcade Fire criou para “The Suburbs”, três anos do pouco compreendido “Neon Bible”, está perto da perfeição. Um fã da banda (e fãs são sempre xiitas) jamais vai admitir, mas esse disco pode destronar “Funeral” – na primeira audição já pareceu-me melhor, o que vai acontecer com seguidas audições? Porque o disco é um tanto viciante.
Depois de tantas críticas positivas, talvez eu esteja influenciado. Entretanto pelo que ouvi, fica difícil discordar: está aqui o candidato a disco do ano. Ou mais.
Não sei quanto tempo esse player fica ativo. Então, aproveite.
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Aos que reclamaram um bocado do Floga-se não ter colocado o link para baixar o disco de graça, eu reforço: não faço isso, de jeito nenhum. Não reprovo quem baixa discos pela Internet, longe disso. Mas esse deve ser um trabalho do ouvinte, do leitor, do fã, não meu. E tem um monte de sites que fazem isso. Há dezenas e dezenas de “The Suburbs” nos megadownloads da vida.