Recebi no começo do ano um informativo da 4AD falando sobre essa banda de Oxford, Reino Unido. Por preguiça ou por falta de tempo, Ou por sabe-se lá o motivo, não ouvi a banda – mas também não joguei fora aquele informativo. Eis que três meses atrás, antes de sair de férias, baixei o primeiro disco da banda, “Beachcomber’s Windowsill”, e me conveci: é uma beleza!
A 4AD dificilmente dá uma errada. Dificilmente – e não foi aqui. Algum blogue por aí, inclusive, quando do lançamento do disco, em 24 de maio de 2010, chamou-a de “um sopro de ar fresco na música independente, uma apaixonante revolução”. Não sei se a palavra revolução, na tradução literal, cabe aqui, mas é refrescante e apaixonante de todo modo.
É o STORNOWAY, quarteto formado por Brian Briggs (vocais, letras e guitarra), Rob Steadman (bateria), Jonathan Ouin (teclados) e Ollie Steadman (baixo). Ao vivo, o irmão de Briggs, Adam, entra com o trompete, e Rahul Satija, com o violino. O resultado é uma empolgante mistura de Aztec Camera, Housemartins (pelas composições vocais) e, principalmente, James.
Com pouco tempo de vida, desde a reunião dos rapazes na universidade local, em 2008, até a assinatura com a poderosa 4AD, no começo de 2010, o que eles fizeram foi praticar, ensaiar, praticar e ensaiar – e eventualmente compor. Durante os primeiros shows, na própria cidade, foram vistos pelo DJ da BBC Oxford, Tim Bearder, que se apaixonou devotamente pela banda. Daí para ganhar os ouvidos mundiais (ouvidos alternativos), com o empurrão da Internet, foi um pulo.
Aqui está a banda na BBC Oxford, mandando “End Of The Movie”, em 25 de junho de 2009:
O nascimento do álbum “Beachcomber’s Windowsill” foi algo natural dessa prática intensa e da crescente adoração dos fãs locais.
Não é uma música fácil, embora seja deliciosa, limpa, sem barulhos. É pop, mas é um pop refinado, portanto não tanto digerível pela maioria. Entretanto ninguém reclamaria de ouvi-los, nem por um minuto, e pelo contrário: a música do Stornoway se torna viciante, até você se render de vez.
A 4AD aposta um tanto na banda. Por isso, passou a produzir clipes pra lá de profissas pro Stornoway. Esse, de “Watching Birds”, é o segundo. Marca a chegada do single ao mercado (deles lá, pra variar), em 23 de agosto. O vídeo foi dirigido por James Caddick e, sim, xadrez com boxe é um esporte que existe! Eis aqui uma boa amostra de sua música:
O disco é relativamente fácil de ser encontrado pela Internet (se vira…). Vale a pena ir atrás:
01. Zorbing
02. I Saw You Blink
03. Fuel Up
04. The Coldharbour Road
05. Boats And Trains
06. We Are The Battery Human
07. Here Comes The Blackout…!
08. Watching Birds
09. On The Rocks
10. The End Of The Movie
11. Long Distance Lullaby
Há um ano, eles lançaram o clipe de “Zorbing”, que é o primeiro single da banda e, talvez, a música mais conhecida dela:
Só que o vídeo acima foi feito pelo próprio grupo. Em 2010, a gravadora fez sua própria versão. A música, assim, fica com dois clipes “oficiais” (e eu prefiro o primeiro):
O primeiro clipe da banda já pela 4AD é de “I Saw You Blink”:
Posso considerar meteórica a ascensão do Stornoway. Caso contrário, como explicar essa chegada ao Jools Holland, em 6 de novembro, ainda sem assinatura oficial com a gravadora? A banda surpreende mesmo. Foram duas músicas, pela ordem, “Zorbing” e “Fuel Up”. Perceba a poquíssima (pra não dizer nenhum) desenvoltura dos caras no primeiro grande palco das suas carreiras:
[…] novo disco, “Tales From Terra Firma” pra março de 2013. O sucessor da ótima estreia, “Beachcomber’s Windowsill”, de 2010, foi produzido pela própria banda e será lançado mais uma vez via […]
[…] No dia 11 de março de 2013, via 4AD, os ingleses do Stornoway lançam seu segundo disco, “Tales From Terra Firma”, sucessor de “Beachcomber’s Windowsill”, de 2010. […]