O nome é em inglês, mas a banda é francesa, de Paris. STUCK IN THE SOUND é formada por José Reis Fontão (vocal e guitarra), Emmanuel Barichasse (guitarra), Arno Bordas (baixo) e François Ernie (bateria). Eles cantam em inglês. O som é inglês. Tem tão pouca novidade aqui quanto 90% das bandas novas inglesas. Mas é divertido como 90% das mesmas bandas novas inglesas. Já não basta?
Como se vê, pelo menos na música os franceses são paga-pau dos ingleses. Só não admitem.
Ouvi primeiro a música “Waste”, uma baladinha interessante, mas o carro-chefe é mesmo “ToyBoy”, com aquelas guitarras que a imprensa acaba identificando como “indie rock”. É música juvenil. Pra ouvir alto, depois de tomar umas e outras. Portanto, juvenil.
A qualidade do Stuck In The Sound está no fato deles misturarem muito bem a essa fórmula batida os anos que passaram ouvindo Pixies e At-Drive In, bandas que os integrantes têm como influência para o seu som. O ponto contra é que eles se levam a sério demais.
O grupo lançou seu primeiro disco em 2007. Chama-se “Nevermind The Living Dead”. Sem chance de chegar por aqui. As faixas e a capa estão abaixo, pra uma procura pela Internet:
01. I Shot My Friends
02. ToyBoy
03. Cramp Push And Take It Easy
04. Delicious Dog
05. Waste
06. Don’t Break The Bar, Please, Dumbo!
07. Don’t Go, Henry
08. Nevermind The Living Dead
09. Never On The Radio
10. I Travel The World
11. It’s (Friday)
12. Third Eyed Girl
13. You Ain’t For Me
“It’s (Friday)” tem uma grande proximidade com o Pixies, principalmente por causa do baixo poderoso. Mas não é o tom do disco inteiro. “Delicious Dog” é maleta. “Cramp Push…” gruda na cabeça. “ToyBoy” é divertidíssima. É assim, irregular, mas legal.
É como aquela cerva gelada que você bebe aos poucos, se delicia enquanto está trincando, mas no final fica quente, insossa. Daí, você pede outra e fica tudo certo.
Não dá pra dispensar, certo?
Abaixo, veja o clipe de “Toy Boy”: