O nome dela é Christiane Felscherinow. Na época em que ficou famosa, era menor de idade, portanto não poderia assinar com seu sobrenome. Hoje, aos 46 anos, a alemã teve a guarda de seu filho de 11 anos assumida pelo Estado, justamente pelo mesmo motivo que a fez chocar o mundo: as drogas.
Ela é, claro, Christiane F, que aos 13 anos era “drogada e prostituída”, título do livro que foi/é best seller e mostrou a muita gente como funcionava essa gente jovem e nada bronzeada da Alemanha, da Europa, do primeiro mundo, na década de 70. Um livraço. Pelo menos foi a impressão que tive quando o li, aos 15 anos de idade. Tinha uma passagem em especial que fez com que eu nunca esquecesse a obra: a passagem pelo show de David Bowie. Ele era o cara.
A notícia saiu no jornal marrom alemão B.Z.. Dessa vez, a coisa tá pesadaça. Christiane e o namorado tentaram emigrar pra Holanda, mas o juizado de menores se tocou do plano e a polícia tomou a criança do casal. Christiane partiu pro “tudo-ou-nada” e seqüestrou o próprio filho e vazou pra Amsterdã (escolha apropriadíssima, não?). Lá, ela mergulhou na heroína. A heroína de muitos mergulhou na heroína. Bacana…
Ela é desempregada, vive à base de metadona, pra não voltar às drogas, e a grana que ganha ainda é dos direitos do livro.
Tanto tempo depois, as drogas ainda não derrubaram a alemã, mas tão ganhando a parada – sempre estiveram na frente.
Nenhuma das bandas que a gente gosta desmente o uso de uma coisa ou outra, mas sabem que precisam ser profissionais, senão vão pro saco, por isso deve ter um certo controle. É isso ou nada.