Dia desses, eu estava discutindo com um amigo sobre o peso dos CDs no caixa das bandas. É porque algumas ainda fazem tanto alarde de preocupação quando vêem seus novos (e velhos também, se a banda for super-mega-caxias) caírem no enorme pegue-e-não-pague que é a Internet.
Eu venho dizendo aqui desde o início do blog, há quase três anos, que as bandas devem ganhar dinheiro com shows e que para seus show valerem mais, é preciso que suas músicas sejam conhecidas. Simples. Sendo, assim, não há ferramenta mais apropriada do que a troca livre de arquivos.
O futuro do negócio música é incerto não porque rádio, gravadora, produtora ou distribuidora podem se extinguir, mas porque cada uma vai achar uma forma de sobreviver e não se sabe ainda como.
O caso do U2, assim como o de Madonna e Shakira são exemplares. Notícia recente mostra que o U2 faturou 400 milhões de dólares na turnê Vertigo, de 2005 a 2007. Uma bela quantia, mas que vai parecer troco na próxima turnê, que pode chegar a três vezes mais. De acordo com a Billboard, “O U2 vai receber cerca de 19 milhões de dólares em ações da Live Nation, como parte de um acordo de 12 anos assinado pela banda e pela promotora de shows no começo do ano”. Isso quer dizer que a Live Nation vai promover os shows, o site e fazer todo o marketing da banda.
Aí eu pergunto: quem diabos tem que se preocupar com venda de CD, ó pá?