UMA NOVA VISÃO: SMASHING PUMPKINS – PLANETA TERRA 2010


Foto por Flavio Moraes (G1)

No Twitter, ela era a “contagem regressiva oficial” do show do Smashing Pumpkins no Brasil. Todos os dias, quem não a segue, via a conta oficial da banda retuitar a frase “faltam xx dias para o Smashing Pumpkins no Brasil”.

Isso aumentava um bocado a expectativa. Mas fã é assim mesmo. E fã tem uma visão interessantíssima do ídolo: enquanto a “crítica profissional” (isso existe, infelizmente) metia o pau – inclusive eu, que achei o show bem chato -, pensei que, mesmo eu sendo um apreciador da obra do SP, a apresentação talvez tenha sido mesmo para fãs como ela, Vanessa Almeida (@nessapumpkins). Fãs mesmo: aqueles fanáticos, como a palavra indica, mas não cegos, não tontos, que seguem cegamente os passos do artista.

Abaixo, o texto tela. Concorde ou não, é uma outra visão.

NA VISÃO DA FÃ

Em 28 de julho de 2010, saiu no site oficial da banda o que eram até então apenas especulações: está confirmada a vinda dos Smashing Pumpkins (ou o grupo de Billy Corgan, como dizem alguns) ao Festival Planeta Terra. Começou a euforia e a banda chegou entre os assuntos tops no Twitter.

Desse dia até o dia do show, para os fãs mais calorosos (nos quais me incluo) a vinda da “grande abóbora” não podia passar despercebida, após 12 longos anos de espera (e alguns até de desesperança, pois até 2007 a banda nem existia mais). O fato é que os Pumpkins (ou a banda do Billy, já que da formação original “só” ele restou) viriam e encerrariam o festival, logo após o Pavement (iiiiiiiiiiihhh).

Pouco tempo antes, Billy descobriu a vinda de sua desavença, Malkmus (Stephen, do Pavement). O que para bom entendedor já valeria uma conclusão simples: Billy queria um show perfeito!

Pra quem esperava apenas grandes hits da banda, decepção! Mas Corgan é assim. Lembra 1998, quando falaram mal do set do Brasil? Pois é, hoje aquele seria um show de hits.

Abriu com “The Fellowship”, passando por “Lonely Is The Name”, até finalmente chegar a “Today” e comover a multidão (bem, eu já estava comovida bem antes…).

Billy não ficou satisfeito com a microfonia, não seria um show perfeito…

Mas a banda continuou, após uma saída de Billy e Nicole (mas que mulher bonita, hein?) rolou um solo de bateria do Mike (ok, não é AINDA um Jimmy, mas tem capacidade pra ser). Quando eles voltaram, rolou “Astral Planes” e “Ava Adore”, “A Song for a Son”, “Bullet With Butterfly Wings”, “Tarantula”, “United States”, “Spangled”, “Drown” (sim, “Drown”!), “Shame”, “Cherub Rock”, “Zero”, “Stand Inside Your Love” e “Tonight, Tonight”. Pro encore, “Heavy Metal Machine”, pra decepção de quem esperava “Disarm”. Saiba que ela está no setlist oficial, mas por problemas técnicos, não daria pra fazer como Billy queria. Então ele não fez!

O solo com a boca foi o momento que mais estranhei, mas também é muita fruta na cabeça: uma hora faz mal mesmo! Mas, sério, nesse momento percebi que o Billy estava bravo com algo, talvez esse tenha sido o jeito dele expressar isso.

Achei o show ótimo, conhecia todas as músicas, fiquei na grade (só foi tenso quando o maluquinho do Phoenix pulou onde eu estava – o “maluquinho” é Thomas Mars), gritei, chorei litros e consegui entregar pra banda a camiseta (yeah!) em nome da comunidade que faço parte. Senti falta de “1979” e “Perfect”, mas não interferiu na minha alegria.

O fato é que não se pode agradar a todos na escolha do set. Paciência. Se agradasse, eu estranharia e nem ia gostar muito, confesso. Mas o Billy tem uma coisa que o Malkmus não teve nem de longe: consideração com quem passou o dia todo lá para vê-los (pelo menos acenar, não precisa pular no público também!). Eu, antes que me critiquem, deixo claro que eu ADORO o som do Pavement, mas me passaram a impressão de estar apenas cumprindo dever (e um bocadinho bêbados). Pelo menos agora faz algum sentido “Out on tour with Smashing Pumpkins”. Mesmo palco até, que chiques!

O Smashing Pumpkins tocou “apenas” 10 hits, desapontou uma multidão de “Mellon Collie MTV fans” e tem a sua frente um careca rabugento e perfeccionista. Mas Billy é humano, até mais do que rockstar! Tanto que antes do encore eu não me desesperei, porque conheço meu ídolo e sei que ele jamais daria as costas pra quem o faz importante. BILLY IS GOD!

Eis, mais uma vez, o setlist:

1. The Fellowship
02. Lonely is the Name
03. Today
04. Astral Planes
05. Ava Adore
06. A Song for a Son
07. Bullet With Butterfly Wings
08. Tarantula
09. United States (com The Star-Spangled Banner / e solo de bateria de Moby Dick, do Led Zeppelin)
10. Spangled
11. Drown
12. Shame
13. Cherub Rock
14. Zero
15. Stand Inside Your Love
16. Tonight, Tonight
Bis
17. Heavy Metal Machine

Veja “Bullet With Butterfly Wings”/”Tarantula”, na voz dos fãs, como tem que ser:

Se você não leu o que escrevi do show, clique aqui, se é que interessa pra alguém.

Leia mais:

Comentários

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7 comentários

  1. Bom, primeiramente, Nessa você merece! E o resumo está incrivel. O show foi surreal, fantastico, e com certeza a parte mais linda foi o Billy pegando a camiseta. Acho que foi o dia de mais sorte da minha vida haha. ver a careca do sr Corgan não tem preço (120 reais no segundo lote -q) Mas compensou muito bem, todas as lagrimas “mistadas” de felicidade, gratidao, melancolia, e o sucesso de ver o idolo logo a frente (: (em especial em Stand Inside Your Love. Nessa, parabens ! e parabens adiantado tbm kkk’

  2. A Nessa é incríveeeel!!! Tive o privilégio de ver o show ao lado dela, esperar durante os shows, dormir junto no dia anterior, falar hoooras no msn, e compartilhar toda essa alegria e ansiedade pré-show!!!! Ta aí duas coisas q vou me lembrar pelo resto da minha vida: o show, e com ctz a NESSA! auhauhau não teria a menor graça sem ela ao lado!!! Te adooooro nessa!!!

  3. Vanessa, seu texto, apesar de xiíta, é bem escrito, mas o show do “seu ídolo”, me desculpe, foi uma merda!!! E eu gosto de Smashing Pumpkins, fique claro.

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