Não é piada. Na edição dessa semana (18 de fevereiro de 2010) do jornal oficial do Vaticano, saiu uma lista dos dez melhores discos de rock de todos os tempos, segundo a Santa Sé, é claro.
O rock, que até há bem pouco tempo era considerado “um trabalho do diabo”, agora é pauta do jornal oficial do Todo Poderoso. Assim, o L’Osservatore Romano, como é nominado a voz impresa (e na Internet) de Deus, publicou o que chamou de “um guia semisério” dos melhores dez álbuns de rock e pop de todos os tempos.
A lista realmente pode agradar muita gente, por sinal:
01. The Beatles – Revolver
02. Pink Floyd – The Dark Side Of The Moon
03. Oasis – (What’s The Story) Morning Glory?
04. Michael Jackson – Thriller
05. U2 – Achtung Baby
06. Fleetwood Mac – Rumours
07. Donald Fagen – The Nightfly
08. Carlos Santana – Supernatural
09. Paul Simon – Graceland
10. David Crosby – If I Could Only Remember My Name
Sobre o Oasis, o artigo diz que o disco “nunca foi sequer igualado” em qualidade e criatividade. Sim, é uma crítica, porque o jornal de Deus tem críticos de rock. Eles são Giuseppe Fiorentino e Gaetano Vallini. Segundo a dupla, a lista contém discos que formam “um perfeito material pra qualquer um que se encontre pra baixo ou numa ilha deserta”. Não é piada, repito. Numa ilha deserta com Pink Floyd e Fleetwood Mac…
Se você é devoto da boa música, percebeu que dos medalhões dos medalhões o Bob Dylan não apareceu na lista. Ele continua batendo nas portas do Céu sem ser ouvido ou atendido, já que foi excluído da lista por um motivo, digamos, estranho: “apesar de sua ‘grande veia poética’, ele abriu o caminho pras gerações de cantores e compositores pouco profissionais que têm ‘duramente testados os ouvidos e a paciência dos ouvintes’, com suas histórias atormentadas”.
Parece-me que deus é um brincalhão.
O primeiro lugar está bem alocado.
Então nos intervalos dos ensaios do canto gregoriano os monges podem escutar os Beatles…