“Eu queria contar uma história simples que capturasse o tema abrangente da música. A ideia de ansiar pelo passado cria muitos motivos visuais que eu queria explorar há algum tempo, ainda mais agora no clima atual. Pra muitos de nós, o mais difícil é seguir em frente porque o futuro é incerto e viver no presente tem seus desafios”, explicou A.F. Cortes, diretor do vídeo pra “Hail Taxi”, do Metz.
A música está no seu quarto disco, “Atlas Vending”, que sai em outubro de 2020 (saiba mais aqui).
“Vivemos em uma realidade distópica; a política, o vírus e a agitação social fazem parte da nossa existência. Evitei propositalmente conexões literais com o estado atual do mundo. Eu queria criar uma peça que parecesse atemporal, a sensação de isolamento palpável dentro do subtexto da história. Podemos esconder nossos sentimentos, mas não podemos fugir deles”, seguiu.
Segundo Cortes, o roteiro foi escrito “durante o auge do confinamento na cidade de Nova Iorque, um momento de incerteza pra todos nós. Quando a cidade foi se abrindo, partimos pra filmar no telhado do meu apartamento, com equipamentos simples (sem drones, guindastes ou grande equipe). Utilizamos luminárias caseiras, piscina inflável, um pequeno aquário em miniatura com pequenas réplicas do barco, máscara e outros itens; e muitas técnicas de cinema old school pra criar o efeito da água e de uma mulher perdida no meio do oceano”.
“Dadas as regras de distanciamento social”, ele disse, “todos nós tínhamos que usar várias proteções, como ter nossa atriz (Michelle Bobe) fazendo sua própria maquiagem. Todas as lojas foram fechadas, então nos viramos pra encontrar adereços e guarda-roupa. Mais importante, colocamos um velho barco a remo que compramos por cinquenta dólares no telhado de um edifício típico de Nova York – um prédio sem elevador de cinco andares com corredores estreitos. Uma tarefa quixotesca, mas um processo que nos libertou de muitos preconceitos de filmagens do passado”.
“Este vídeo foi criado com muitas limitações em um momento de mudança pessoal. A vida é incerta pra todos nós na indústria musical e cinematográfica, mas precisamos abraçar a mudança e parar de ansiar pelo passado. Por apenas alguns dias, um pequeno grupo de criativos decidiu seguir uma ideia maluca, viver o presente e abraçar o futuro incerto; pra mim, isso é uma coisa linda”, concluiu.
Lendo essas linhas, foi maus ae, Metz, mas a música ficou em segundo plano: