WAGNER ALMEIDA – CAMPEÃO DA AVENIDA

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“Com diferentes momentos, as nove músicas presentes no lançamento formam um retrato da carreira musical de Wagner até agora, que perpassam por canções voz e violão, ritmos mais acelerados e singelos em baladinhas-pop, guitarras distorcidas com influência de shoegaze e experimentações em música ambiente. O que se mantém são as letras íntimas e cruas, que falam sobre suas mais recentes experiências e relações pessoais, às vezes de forma leve e nostálgica e às vezes com reflexões mais profundas e desesperançosas”: é assim que o disco é descrito oficialmente. Com razão, claro.

Mas o ouvinte tem a sensação que o sucessor de “Domingo À Noite” (de 2019, clique aqui pra ouvir) é um disco basicamente “calmo”, contemplativo do “ócio”, do “observar o tempo passar”.

Há mesmo as “guitarras distorcidas” em “Frank Ocean”, a abertura, e “Piloto Automático”, o encerramento, mas o que dá o tom são faixas como “Acordar” e “Afogar”, um Real Estate com delicioso sotaque brasileiro.

É um disco muito curto, com 21 minutos e 54 segundos. Passa voando, o que te faz repetir, repetir e repetir. E a cada nova audição, novas delicadezas ficam aparentes – “Avenida” foi uma “descoberta” lá pela terceira.

Alguém me alertou que este disco, como a maioria da turma da Geração Perdida de Minas Gerais, é “escapista” (a exceção é Vítor Brauer, que aqui fez a masterização). Contudo, não consigo ver problema em um tanto de escapismo. Agradeço, até.

“Aqui o tempo passa devagar / Não adianta ter medo e nem acelerar / Toda vez que eu corro deixo algo pra trás / Tenho que aprender a me soltar um pouco mais”, ele canta em “Afogar”, a mais Real Estate de todas. Almeida tem toda razão: pra quê a pressa e pra quê bandeirar toda hora? Bora relaxar um pouco.

Como em grande parte dos trabalhos da Geração Perdida de Minas Gerais, é uma obra coletiva, orbitando ao redor de um criador.

Aqui, Wagner Almeida compôs, produziu e gravou quase tudo.

Em “Frank Ocean”, a bateria está nas mãos de Silvia Fortini, com mixagem de João Carvalho. Em “Avenida” e “Acordar”, a bateria é de Eduardo Possa. Em “Acordar”, tem a participação especial de Ana Paia, como em “Perdoar”, com participação de Theuzitz. Em “Afogar”, a bateria é de Drum Skin.

A mixagem é assinada por Wagner Almeida e a masterização, por Vitor Brauer.

O lançamento é do dia 22 de outubro de 2020, pelas mãos da Geração Perdida.

1. Frank Ocean
2. Avenida
3. Acordar (com Ana Paia)
4. Afogar
5. Perdoar (com Theuzitz)
6. Carta De Vinhos
7. Cortar
8. Expirar
9. Piloto Automático

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